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De Campinas, SP - Totalmente projetada e desenvolvida pela engenharia nacional da montadora, com a bênção da matriz japonesa, a nova Yamaha XTZ 250 Ténéré chega aos concessionários, já como modelo 2011, com preço sugerido de R$ 12.900, sem frete e seguro. A mecânica foi herdada na irmã XTZ 250 Lander, comalguns ajustes, mas a ergonomia e o visual foram completamente refeitos, em um resultado que a deixou parecida com as primas maiores,Ténéré 660 (com mesma mecânica da XT 660), e da novíssima Super Ténéré 1200, que também serão incorporadas à linha nacional ao longo de 2011, formando uma nova família Ténéré.
A nova Yamaha Ténéré 250 também resgata um nome forte e de peso.
Mais que um deserto, o Ténéré, no complexo do Sahara, na Região Norte da África, foi palco do percurso de vários ralis Paris-Dakar, inclusive o primeiro,
em 1979, vencido exatamente por um modelo Yamaha, XT 500, pilotado pelo
francês Cyri lNeveu. A XT 500, lançada três anos antes, seria a precursora
das chamadas big trails, em um segmento atualmente bastante concorrido
e representado na Yamaha pela Super Ténéré 1200. A nova XTZ 250
Ténéré nacional, entretanto, faz o caminho inverso. Com baixa cilindrada, pode ser usada no dia a dia das cidades e encarar viagens, preferencialmente pelo asfalto ou terra sem muito enrosco.
Características O quadro é o mesmo da Lander 250, em tubos de aço, comberço duplo. Porém, a posição de pilotagem foi redesenhada, com guidão mais alto e banco10mm mais baixo, com 865 mm de altura. Além disso, o banco ficou mais largo e ganhou dois níveis, encaixando bem o piloto, que adota uma postura mais relaxada.
A nova Ténéré 250 também incorporou para-brisa, dentro da nova proposta
visual, que aumenta o conforto aerodinâmico nas estradas, permitindo uma velocidade de cruzeiro em torno dos 120 km/h. O painel também foi modernizado, ganhando conta-giros analógico, de forma arredondada, como nos modelos esportivos. O quadro digital foi mantido e além do velocímetro tem dois hodômetros parciais, nível de combustível e hodômetro progressivo quando a reserva é acionada. Com a proposta mais ?asfáltica? da nova Ténéré 250, os cursos das suspensões foram alterados.
A dianteira, do tipo telescópica, foi encurtada em 20mm, passando
para 220mm, enquanto a traseira, do tipo mono, com regulagem de fácil
acesso, foi alongada, também em 20mm, passando para 240mm de curso,
em relação à Lander. O visual ficou mais encorpado e volumoso, com
dois faróis, nova rabeta e protetor de escape, e também novo tanque, com
capacidade para 16 litros, cinco a mais que o da Lander, para proporcionar
maior autonomia nas estradas.
ANDANDO Com as alterações o peso a seco ganhou 3kg, passando para 133kg. Contudo, a menor altura compensa em parte a obesidade. O que poderia ter mudado são os aros, como na Lander, de ferro,em vez do mais leve e resistente alumínio. Os freios, que na Lander são cronicamente ?borrachudos?, na Ténéré 250 ganharam mangueiras mais curtas e resistentes, minimizando um pouco a sensação, que
ainda permanece. Na dianteira, um disco de 245 mm de diâmetro e na traseira, outro disco de 203mm de diâmetro, cuja mangueira, como também na Lander, merecia uma posição menos vulnerável. Os comandos do guidão
não mudaram e conta com prático e útil lampejador de farol, além de setas
que desarmam com simples toque. O motor não sofreu alterações.
Com partida elétrica, um cilindro e arrefecimentoa ar e óleo, fornece 21cv a
7.500rpm e 2,10kgfma6.500rpm. Sua concepção robusta, de apenas duas
válvulas, favorece as retomadas e o comportamento no anda e para das cidades, facilitando a pilotagem, ajudada pela injeção eletrônica de comportamento preciso. Nas estradas, a impressão é que a performance também melhorou, emfunção da nova aerodinâmica e do maior
conforto, permitindo viagens mais prazerosas. Para facilitar, já vem como suporte para o baú, opcional. O câmbio é preciso e conta com cinco marchas. Há apenas duas opções de cores: preta ou branca.