Todo fabricante adora um prêmio. Basta ver os atuais anúncios automotivos, em que sempre há uma colagem com as principais premiações obtidas pelo modelo. Em gradações de concursos, nenhum é tão relevante quanto o World Car of the Year, ou Carro Mundial do Ano. O prêmio, que tem a participação de 66 jornalistas-jurados de 22 países, elegeu o Nissan Leaf como vencedor da principal categoria, o primeiro elétrico a receber a distinção. São seis quesitos principais: mérito, valor, segurança, meio ambiente, relevância e apelo emocional. O Leaf ficou com 733.4 pontos, 3,4 pontos na frente do segundo lugar, o BMW Série 5. Se ficou para trás em notas como apelo emocional, jogou suas cartas na questão do meio ambiente (relevância) e por ser o primeiro elétrico viável comercialmente em mais de 100 anos (mérito).
O Brasil tem peso, contando com três jurados. Participam o editor do caderno Veículos do Estado de Minas e apresentador do programa Vrum, do SBT, Boris Feldman; o editor do Carro ETC, do jornal O Globo, Jason Vogel; e o criador das revistas Motor Quatro e Carro, Sérgio Quintanilha. Ao levar o prêmio de Carro Mundial do Ano, o Leaf deixou o Chevrolet Volt confortável na disputa de Carro Verde Mundial do Ano, categoria na qual foi vencedor. O Volt já havia levado o prêmio de Carro do Ano norte-americano, em janeiro, época do Salão de Detroit.
SANGUÍNEOS Os tons verdes passam a matizes mais sanguíneos nos outros dois prêmios. Quem ficou com o posto de Carro Mundial Esportivo do Ano foi a Ferrari 458 Italia. Com 166 pontos, ficou bem à frente do vice, a Mercedes-Benz SLS AMG, que marcou 145 pontos. O cupê italiano pode ter sido traçado sob a chancela do estúdio Pininfarina. Mas quem levou o prêmio de Design Mundial do Ano foi o Aston Martin Rapide. Se numa arrancada perderia em desempenho para o rival Porsche Panamera, o estilo deixa o alemão para trás na hora da disputa estática. Parados, fica até difícil para o modelo de Stuttgart sobressair.