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VW Tiguan - Força e resistência

Montadora lança utilitário-esportivo médio no mercado europeu que pode ser importado. Confira as primeiras impressões

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Modelo terá cinco opções de motorização, sendo duas a diesel

De Budapeste, Hungria - O Tiguan é o segundo utilitário da marca, e a começa ser vendido a partir de 16 de novembro na Europa. É o lançamento mais importante da Volks este ano e por isso a presença da imprensa especializada de todo o mundo. O Tiguan usa a mesma arquitetura do Golf Plus, modelo mais alto. A distância entre-eixos tem 2 cm a mais para aumentar o espaço interno. O nome Tiguan é curioso: a primeira sílaba vem de tigre, que significa força, e a segunda da resistência do réptil iguana.

As linhas do Tiguan lembram as do irmão maior, o Touareg, e impressiona pela harmonia e interior requintado, com acabamento do painel em material emborrachado. Tecnologia é palavra de ordem com opção de equipamento que estaciona o carro sem a interferência do motorista; câmera para manobras em marcha a ré; sistema GPS instalado no painel central, controle de estabilidade, airbags de todos os tipos, entre outros.

O banco traseiro tem ajuste longitudinal e desloca-se 16 cm, aumentando espaço no porta-malas ou para as pernas dos ocupantes. O encosto também pode ser reclinado, visando ao bem-estar a bordo. Três adultos se acomodam bem. A capacidade do porta-malas varia de 385 a 505 litros, dependendo da posição do banco traseiro.

Estilo da traseira lembra o Touareg e altura do solo é suficiente para piso ruim. Painel de boa qualidade, com GPS integrado. Banco traseiro tem regulagem longitudinal


A transmissão pode ser manual ou automática, ambas de seis velocidades. Modelo está sendo lançado com duas opções de motorização: 1.4 a gasolina, de 150 cv, e 2.0 a diesel, de 140 cv. Estão previstos mais um motor a diesel de 170 cv e dois 2.0 a gasolina, de 170 cv e 200 cv. A tração é permanente nas quatro rodas, com 90% da força no eixo dianteiro e o restante no traseiro. O sistema 4Motion se encarrega de distribuir a força do motor conforme a necessidade do momento pelo diferencial central viscoso e quando uma roda patina, a força é transferida para a outra. Assim, o torque pode ir totalmente para o eixo traseiro.

O ângulo de ataque pode ser de 18 ou de 28 graus, conforme altura do pára-choque dianteiro. Neste caso, há dispositivo eletrônico, denominado off-road, que melhora o comportamento no fora-de-estrada.

Dirigindo
O Tiguan é fácil de ser dirigido e confortável, com todos os comandos ao alcance. No test-drive realizado em torno de Budapeste, ficaram evidentes as qualidades do utilitário. A suspensão traseira é multibraços. O carro é firme em curvas e transfere um pouco as imperfeições do piso para dentro. Os engates do câmbio de seis marchas são precisos e macios e estão bem escalonados. Se o motor 1.4 parece pouco, a engenharia encontrou a solução equipando-o com compressor para otimizar o torque em baixa rotação e turbo em alta. A partir de 1.250 rpm já está disponível 80% do torque, que é de 24,5 kgfm. A potência é de 150 cv.

O sistema de GPS é muito preciso e corrige imediatamente qualquer tentativa de desvio proposital de percurso. Se não fosse o equipamento, seria quase impossível chegar aos três destinos programados no teste. Os espelhos retrovisores poderiam ter campo de visão maior e o diâmetro de giro é longo, o que dificulta um pouco manobras em garagem. O Tiguan mede 4,45 m de comprimento; 1,80 m de largura; 1,68 m de altura e a distância entre-eixos é de 2,60 m.

DÚVIDA
A Volkswagen ainda não decidiu qual versão e motorização que será importada para o Brasil. O Tiguan concorre diretamente com Toyota RAV 4, Honda CR-V e Land Rover Freelander, todos com motores de maior cilindrada. Por isso, especula-se que a Volks importe o Tiguan com motor 2.0, de 170 cv ou 200 cv. O modelo será vendido em três versões de acabamento, com preços que variam de 26.700 euros a 32 mil euros.

(*) Jornalista viajou a convite da Volkswagen do Brasil