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Voo 447: Justiça acusa Airbus de homicídio

Investigadores acreditam que defeito nos sensores de velocidade do A330 tenha causado a queda da aeronave

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A justiça francesa acusou nesta quinta-feira a Airbus de "homicídios culposos" no caso do acidente com o avião da Air France, que, em 1º de junho de 2009, caiu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo, anunciou o CEO da fabricante, Thomas Enders.

 

A investigação se refere ao acidente ocorrido em 2009 com um Airbus A330 da Air France, que caiu no meio do Atlântico, matando as 228 pessoas que estavam a bordo. O voo 447 ia do Rio de Janeiro para Paris. Muitos dos mortos eram franceses, brasileiros e alemães. Até hoje, apenas 51 corpos foram retirados do oceano. Mesmo com as buscas feitas pelo Brasil e pela França, as outras vítimas não foram localizadas, assim como peças determinantes para a investigação do caso, como a caixa-preta, que contém os registros do voo e de comunicação dos pilotos do A330.

 

Os advogados de Tom Enders se reuniram com os juízes de instrução nesta quinta-feira. A investigação formal é uma etapa anterior às acusações formais e possibilita que as autoridades judiciárias tenham mais tempo para prosseguir com a investigação do caso.

"Eu não vejo nenhum fato que justifique essa etapa (de investigação formal) e expresso nossa forte discordância", disse Enders. Ele acrescentou que a Airbus continua a acreditar que a investigação "deveria se focar em encontrar as causas desse acidente e assegurar que isso não ocorra de novo". Segundo o executivo-chefe, "a Airbus vai continuar apoiando as investigações, incluindo a busca pelas caixas-pretas, que são a única forma garantida de saber a verdade".

Investigadores suspeitam que o acidente tenha sido causado por um defeito nos sensores de velocidade, mas não conseguiram provar isso. A Air France, por meio de seguradoras, pagou compensações a parentes dos passageiros e da tripulação, mas continua a se defender nos tribunais no Brasil. As informações são da Dow Jones.