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Volvo - C30 ReCharge

Conceito da marca sueca tem bateria com autonomia para 100 quilômetros. Depois disso, motor a combustão faz funcionar os propulsores elétricos pelo gerador de energia

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A sueca Volvo construiu uma reputação pela segurança dos veículos. Mas hoje, ao menos nos mercados dos países desenvolvidos, segurança vende, e os outros fabricantes fazem questão de alardear a segurança de seus veículos.

A nova fronteira de aceitação são os veículos ecologicamente corretos. Nessa guerra, os japoneses tomaram a liderança, já que foram os primeiros a colocar no mercado híbridos viáveis, tanto do ponto de vista técnico quanto de custos. Para se destacar, as marcas devem, então, buscar novas soluções que vão além das oferecidas pelos híbridos atuais. É o que a Volvo pretende com o C30 ReCharge Concept.

Apesar de ser denominado de híbrido pela própria montadora, o princípio do ReCharge não é o de usar os motores elétricos em conjunto com o propulsor a combustão. Na verdade, o modelo é um carro elétrico, com uma unidade motriz em cada roda, cujas baterias têm autonomia de 100 quilômetros. Apenas quando a carga da bateria acaba é que o motor tradicional entra em funcionamento para alimentar os propulsores elétricos por meio de um gerador.

A lógica é de que a maioria dos motoristas roda, por dia, menos do que a distância possível com as baterias e, portanto, só ocasionalmente precisaria usar o motor a combustão. Mesmo quando isso acontece, o quatro cilindros 1.6 flex não é usado para impulsionar o veículo. Sua função é alimentar um gerador que fornece energia para os motores elétricos que movimentam o carro, eliminando assim eixos de transmissão e caixa de marchas. O princípio é parecido com o conceito Volt, da GM. Ainda para minimizar o uso de combustível, o motor a combustão não é usado para realimentar as baterias, que devem ser carregadas nas tomadas de casa.

Ao contrário dos outros híbridos, motor a combustão não recarrega baterias e pode ser utilizado apenas para chegar à próxima fonte de eletricidade


De acordo com os projetistas, isso significa nível de emissões de dióxido de carbono 66% menor do que os híbridos mais eficientes do mercado atual. Um benefício alegado é que os custos de rodagem, incluindo os da energia doméstica para alimentar as baterias, são apenas um quarto do que se gastaria com um modelo similar movido com combustíveis tradicionais.

Mas a Volvo ainda aponta outra vantagem, o gerador do veículo também pode servir para fornecer eletricidade doméstica em caso de falta de energia. Para deixar o veículo ainda mais eficiente, são usados pneus de baixa fricção, e a energia gerada durante frenagem é reutilizada pelas baterias.