A Volkswagen antecipou a revelação do Polo GTI, a versão de alta perfomance da quinta geração do compacto, com estreia marcada para o Salão de Genebra. Disponível inicialmente na carroceria de duas portas, o "hot hatch" conta com o revolucionário motor 1.4 TSI sob o capô. O propulsor faz uso de uma fórmula singular para ganhar potência e torque em todos os regimes. Com a adição de um compressor volumétrico para as baixas rotações e um turbocompressor para as faixas altas de giros, o 1.4 alcança 180 cv de potência a 6.200 rpm e 25,4 kgfm de torque disponível desde cedo, em 2 mil giros. Até então o mais potente Polo era o 1.2 TSI, um turbocomprimido com 105 cv.
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O motor 1.4 TSI foi utilizado pela primeira vez na geração anterior do Golf na versão GT e permite compensar as deficiências de cada tipo de sobrealimentação: a falta de fôlego do compressor em altos regimes e o atraso da entrada do turbo em baixas rotações. O Polo G40 Coupé de 1986, a primeira configuração de alto desempenho do compacto, já fazia uso de um motor 1.3 com compressor, que elevava a sua potência aos 113 cv.
Eficiência e desempenho
O poder de fogo, semelhante ao gerado pelo antigo 1.8 20V Turbo que equipava o antigo Golf GTI brasileiro, empurra o pequeno esportivo da imobilidade aos 100 km/h em 6,9 segundos, antes de atingir uma velocidade máxima de 228 km/h. O desempenho é auxiliado pelo peso de 1.184 kg, relativamente contido, e pela caixa manual automatizada de dupla embreagem e sete marchas. Para transferir a força para as rodas dianteiras de maneira equilibrada, a Volks instalou um diferencial aperfeiçoado, que trabalha em conjunto com um diferencial eletrônico de deslizamento limitado. A suspensão também foi modificada, com a instalação de molas e amortecedores mais esportivos, o que diminuiu a altura de rodagem em 1,5 centímetro.
A utilização de um eficiente motor de pequeno deslocamento, permitiu também a obtenção de números favoráveis em consumo e emissões. A Volkswagen divulga uma média combinada de até 19,9 km/l de gasolina, associada a um índices de emissões de apenas 139 g/km de CO2 ? dióxido de carbono ?, uma marca adequada aos novos tempos em que nem mesmo as versões esportivas são poupadas da vigilância ecológica.
Estética esportiva
Em estilo as mudanças são mais notáveis e incluem um novo para-choque dianteiro com uma entrada de ar central mais avantajada e uma grade em colmeia, contornada por frisos vermelhos, como no primeiro Golf GTI de 1976. Os faróis podem receber opcionalmente luzes diurnas em LEDs. Como é de costume em versões esportivas, o Polo GTI conta com saias laterais que contornam a carroceria e se integram ao para-choque traseiro com um pequeno difusor integrado e saídas duplas de escape com ponteiras cromadas. Do Golf GTI também vêm as rodas aro 17.
Internamente, o Polo se destaca pelos novos instrumentos no painel e pelo volante de base achatada, que integra as borboletas para trocas sequenciais de marchas. Para criar algum contraste no tom predominantemente escuro, a marca se valeu de costuras pespontadas em vermelho, presentes no volante e manopla do câmbio, além dos tapetes. Os bancos esportivos são revestidos em tecido axadrezado, como é tradição na linha GTI. A versão começará a ser vendida ao final do primeiro semestre, sem preço definido. Ainda não há previsão da chegada do novo Polo ao Brasil.