São Paulo - A direção da Volkswagen negocia com empresas da Europa e da Ásia a instalação de unidades no Brasil para substituir alguns fornecedores locais que, segundo a montadora, apresentam problemas de qualidade, atraso nas entregas e "estão sempre pressionando por aumento de preços". A informação é do chefe mundial de compras da companhia, Garcia Sanz, que também dirige as operações do grupo na América do Sul.
O executivo veio ao Brasil justamente para participar, ontem, da entrega do prêmio anual de melhor fornecedor da empresa e reclamou "de um grupo pequeno" que não está investindo para acompanhar o crescimento da montadora. A Volkswagen pretende atingir em 2014 produção de 1 milhão de veículos em suas três fábricas brasileiras e vai investir R$ 6,2 bilhões no País.
Segundo Sanz, essa situação, que leva o grupo a um elevado índice de retrabalho e de paradas constantes na linha de montagem por falta de peças, forçará a empresa a "trazer novos fornecedores ao Brasil". Alexander Seitz, vice-presidente de compras da Volkswagen na América do Sul, disse que o crescimento da economia brasileira tem atraído o interesse de fornecedores externos que ainda não estão no País.
"A instalação de unidades locais deve ocorrer num prazo de um ano a 18 meses", disse Seitz. Ele não adianta nomes, mas cita que a empresa negocia com novos fornecedores de plásticos, faróis e de tecnologia eletrônica de motores. A Volkswagen trabalha hoje com cerca de 500 fornecedores, dos quais dois terços são globais e os demais são brasileiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.