Cinto é fundamental
É o primeiro passo para a segurança. Sem ele, o motorista pode esquecer a tarefa de encontrar uma posição segura. E nada de grampos ou qualquer objeto (caneta no bolso, por exemplo) que possa interferir na sua ação.
Braços muito esticados
Com o braço esticado, o condutor pode sentir dores no ombro, cotovelo e lombalgia. Além disso, nessa posição, o motorista fica com movimentos limitados, prejudicando as manobras ao volante.
Encosto muito rebatido
Tem muito motorista jovem que adora dirigir com o encosto lá em baixo e ‘pendurar’ no volante. Essa posição dificultar as manobras e deixa o corpo sem apoio em curvas e arrancadas, e, de acordo com a fisioterapeuta Danielle Pongeluppe, especialista em ergonomia, gera dores lombar e cervical, pois a coluna fica fletida (veja desenho) e permite a retroversão pélvica.
Quinze para as três
Devido ao aumento do número de veículos com airbag, é mais prudente para os motoristas segurar o volante com as duas mãos, formando o chamado ‘quinze para as três’ em vez de ‘dez para as duas’, como já foi recomendado, e não dirigir muito próximo do volante. Essa postura pode evitar ferimentos nos braços, nas mãos e no rosto, em caso de enchimento da bolsa, que é muito rápido. É importante lembrar que os carros projetados para o mercado americano têm velocidade de enchimento (de 320 km/h) muito maior do que a dos modelos criados para a Europa, que é de 150 km/h. De qualquer maneira…
Posição correta
A posição adequada para dirigir é aquela na qual o motorista fica com o calcanhar apoiado no chão, os braços um pouco flexionados, as pernas bem sustentadas pelo assento e as costas totalmente apoiadas no encosto. Para saber se posição dos braços está correta, basta tentar colocar o punho sobre o volante, com as costas apoiadas no encosto. Segundo Danielle Pongeluppe, o encosto deve ser regulado acima de 90°, por volta de 100°/110°, o que diminui a pressão intradiscal na coluna vertebral.
Por dentro, não
Ao segurar o volante por dentro, o motorista está correndo risco de ter dores no ombro, cotovelo e lombalgia, além de ser atingido pelo airbag, pois dessa forma ele se aproxima demais do volante.
Veja por onde olha
O motorista deve regular os espelhos retrovisores de modo que ele não precise se curvar ou se contorcer para olhar, pois, de acordo com a fisioterapeuta, isso vai provocar, a longo prazo, dores nas colunas cervical e lombar. Lembrete: não siga o exemplo de motoristas inconseqüe ntes e não regule o espelho com o carro em movimento.
Mais próximo do topo
Para proteger de forma eficiente o motorista do chamado efeito chicote’ (fenômeno que ocorre quando o corpo é jogado para a frente e a cabeça para trás, provocando desde pequenas dores no pescoço até uma lesão fatal), a parte mais alta do apoio (veja ilustração) deve ficar o mais próximo do topo e o encosto o mais próximo da cabeça.
Volante adequado
É um item que o motorista deve olhar antes de comprar um carro, verificando se ele se adapta bem ao seu jeito de dirigir e ao tamanho da sua mão. Atualmente, existem volantes de dois, três ou quatro raios, e de diâmetros de aro diferentes (segundo Danielle, o aro fino exige mais esforço do motorista), que permitem diferentes tipos de pega e que podem contribuir para que o motorista dirija bem. O ideal é que o veículo tenha regulagem de altura e profundidade da coluna de direção.
Fora-de-estrada
Ao dirigir um veículo fora-de-estrada, o motorista deve segurar o volante da mesma forma (ou seja, ‘quinze para as três’), mas não com muita firmeza, e nem com os polegares voltados para dentro do aro, pois, em caso de alguma pancada na roda, o volante poderá girar rapidamente e provocar ferimentos
nos dedos.
Funções
Com o objetivo de evitar que o motorista tire as mãos do volante, os fabricantes estão colocando cada vez mais funções neste componente. Nos modelos mais sofisticados, já existem controles de som, de velocidade (do cruise control), trocas de marcha, de itens no menu do computador de bordo, entre outros. Mas, para acessá-los de forma mais fácil, o motorista deve manter a posição ‘quinze para as três’.