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Vendas da Ford na Europa caem 14% em maio

Montadora espera que vendas de todo o setor no continente permaneçam ao redor de 15 milhões de unidades em 2010

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Detroit - A divisão da Ford na Europa anunciou que em maio vendeu 105,5 mil veículos em seus 19 principais mercados, volume 14% abaixo do registrado em maio de 2009, e o vice-presidente de marketing, vendas e serviços da montadora na região, Ingvar Sviggum, espera que as vendas da indústria automobilística permaneçam ao redor de 15 milhões de veículos em 2010 no continente, apesar dos problemas econômicos enfrentados por alguns países.

Segundo Sviggum, a ação rápida dos governos europeus para controlar os problemas com dívidas aliada a uma possível ampliação do incentivo da Rússia para a compra de automóveis evitará que as vendas caiam mais neste ano.

A perspectiva mais favorável pode gerar certo alívio para as fabricantes de automóveis, que em determinado momento esperavam um declínio de 15% nas vendas europeias em termos anuais, para 13,5 milhões de novos carros e caminhões. Em 2009, as vendas somaram 16 milhões de veículos. "Os incentivos (da Rússia) e o grande banco de encomendas que vimos durante o primeiro trimestre, que mantiveram uma taxa anual de vendas de 16 milhões para a indústria, já acabaram", comentou Sviggum. "Conforme avançamos no segundo trimestre, esperamos que as vendas caiam para entre 14,7 milhões e 14,9 milhões".

Alguns países, como Alemanha, ofereceram descontos aos consumidores que trocassem veículos antigos por modelos novos. Tais programas acabaram no ano passado. A Rússia, que não ofereceu incentivos no ano passado, está adotando a medida este ano e pretende limitar o subsídio a 300 mil veículos. Sviggum espera que o governo aumente esta quantia em mais 150 mil a 200 mil unidades. O programa de troca de carros usados da Rússia, que entrou em vigor em 8 de março, oferece 50 mil rublos de desconto do governo para determinados modelos.

"Nos países que passam por dificuldades orçamentárias, como Espanha e Irlanda, os governos estão tomando medidas fortes para cortar custos e gerar outros benefícios", afirmou Sviggum. "Também estamos observando a força de moedas de outros países, como Turquia e Rússia".

Relatório sobre a produção industrial nos 16 países que usam o euro, publicado nesta segunda-feira, mostrou um aumento acima do esperado em abril, de 0,8% acima ante março, e de 9,5% em relação a abril de 2009. O euro também subiu nesta segunda-feira, ultrapassando o nível de US$ 1,22 pela primeira vez desde 4 de abril. As informações são da Dow Jones.