A Toyota abriu mão de sua escuderia de Fórmula 1, a Panasonic Toyota Racing, em meio a crise do setor automotivo mundial. O time obteve 13 pódios e 87 pontos nas oito temporadas que disputou, desde a sua entrada na Fórmula 1 em 2002. Os resultados não são encorajadores, já que em 140 etapas a escuderia não ganhou sequer uma vez. Mesmo com um orçamento anual estimado em mais de US$ 400 milhões, o equivalente a R$ 689 milhões. Além da equipe técnica e de apoio, a decisão deixa desempregados os pilotos Timo Glock, Jarno Trulli e Kamui Kobayashi.
É a terceira companhia japonesa que abandona a categoria desde o agravamento da crise. Primeiro foi a Honda, que desistiu de seu time oficial, e em segundo a fornecedora de pneus Bridgestone. A saída da Toyota deixa em aberto uma vaga no mundial de construtores do ano que vem. Embora o ingresso de uma nova equipe não esteja descartado, a venda da estrutura do time japonês para uma marca interessada também é uma possibilidade. O novo dono contaria com as instalações e tecnologias desenvolvidas pela Toyota na base da equipe em Colônia, na Alemanha.
Ainda que não tenha atingido resultados mais expressivos, a marca nipônica valoriza a sua experiência em pesquisa e desenvolvimento na categoria. De acordo com a Toyota, os seus esforços serão dirigidos para o desenvolvimento de modelos de produção mais excitantes, como o superesportivo Lexus LF-A e um carro esporte compacto com tração traseira, o FT-86 criado em conjunto com a parceira Subaru. Ambos os veículos já foram apresentados no Salão de Tóquio, no mês passado. ?Eu pedi a Toyota para concentrar os esforços em servir um consumidor de cada vez com veículos prazerosos que o faça feliz. Essa prioridade determina uma mudança na alocação de recursos. Um resultado triste dessa mudança é que os nossos recursos são insuficientes para manter um comprometimento viável com Fórmula 1?, lamenta Akio Toyoda, presidente da companhia.
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