O jipe Stark, produzido pela fabricante TAC – Tecnologia Automotiva Catarinense – de Joinville, Santa Catarina, entrou em produção com um pequeno atraso. O modelo, o mais novo carro nacional, tinha o início das vendas projetado para o segundo semestre de 2009. O anúncio da produção coroa uma história que ganhou corpo após a apresentação do primeiro conceito no Salão do Automóvel de São Paulo de 2006. Na época, o utilitário apareceu com motores da Volkswagen, 1.8 e 2.0, uma motorização que foi trocada pelo propulsor 2.3 16V Multijet da Fiat, o mesmo que equipa o comercial Ducato.
Uma mudança na medida para encarar o Troller T4 e o Agrale AM50 Marruá, ambos equipados com motores turbodiesel. Com 127 cv de potência a 3.600 rpm e 30,6 kgfm de torque a 1.800 rpm, o propulsor faz justiça ao nome Stark, que significa “forte” em alemão. Conjugado ao propulsor com intercooler e injeção common-rail, está um câmbio de cinco marchas. As credenciais fora-de-estrada são suportadas pelo sistema de tração integral, com opção de repasse da força apenas para as rodas traseiras, para as quatro rodas e também com reduzida, todas com engate manual.
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As dimensões devem colaborar para as incursões off-road. São apenas 4,08 metros de comprimento, com 2,54 m de entre-eixos, 1,80 m de largura e 1,90 m de altura. O peso é de 1.635 kg, dividido igualmente entre os dois eixos. Os ângulos de entrada de 49º e de saída de 44º são agressivos, tal como o ângulo de rampa de 29º. A altura mínima do solo é de 24 cm. As suspensões são atuais, do tipo duplos braços sobrepostos independente nas quatro rodas, com curso de 16 cm na dianteira e 18 cm na traseira. Já os freios a disco ventilados nas quatro rodas, não contam com o auxílio do ABS, uma segurança extra no asfalto. As rodas são de alumínio aro 16 com pneus todo-terreno 255/70.
O desenho final do Stark ainda não revelado integralmente, mas deve se assemelhar ao modelo apresentado em outubro de 2008 – fotos –, quando foi anunciada a troca de motor. Longe de ser apenas funcional, o desenho do modelo conjuga painéis de plástico reforçado com elementos estruturais visíveis, como tubos de aço entremeados, em um conjunto que passa uma sensação de arrojo. O espaço interno não é muito avantajado, mas comporta com folga dois adultos na frente e duas pessoas de menor estatura nos bancos traseiros, em um arranjo 2+2. Para compensar, o habitáculo tem os itens de conforto previsíveis, com ar-condicionado, direção hidráulica, bancos revestidos em couro, vidros elétricos, entre outros.
A marca ainda irá divulgar o preço final do modelo, que deverá girar em torno de R$ 90 mil. As perspectivas são boas. Quando foi exibido pela TAC em seu estande na última edição do Salão de São Paulo, em 2008, o Stark fez sucesso. O primeiro lote de 25 unidades foi encomendado durante o próprio evento, uma recepção quente para o jipinho do mais novo fabricante nacional.