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Suzuki DL 650 V-Strom - Banho de loja

Modelo 2012 da marca japonesa é equipado com motor de dois cilindros em V modernizado, mas também tem novo figurino, com visual atualizado, e incorporou alterações técnicas

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Apresentada mundialmente em 2003, a Suzuki V-Strom 650 chegou como irmã caçula da V-Strom 1000, lançada um ano antes. Equipada com motor de dois cilindros em V, inclinados em 90 graus, e vocação para rodar tanto no asfalto quanto na terra, a V-Strom 650 desembarcou no Brasil em 2009. De lá para cá, tanto o desenho quanto a parte técnica permaneceram rigorosamente inalterados. O que mudou foi a linha de produtos, pois acabou ficando sozinha, já que a irmã maior V-Strom 1000 subiu no telhado e foi descontinuada no país. Agora, do outro lado do Atlântico, na Europa e na Ásia, a Suzuki, para descontar o atraso, lança a nova V-Strom 650, já como modelo 2012, passando por um banho de loja que renovou o visual e também incorporou várias alterações técnicas.

Considerada uma das quatro grandes fabricantes japonesas de motocicletas, com atuação mundial (ao lado de Honda, Yamaha e Kawasaki), a Suzuki é a única representada indiretamente no Brasil, sem uma subsidiária oficial. Assim, ainda não estão definidas datas e preço de sua comercialização por aqui. Lá, o consumidor já pode rodar com o novo modelo, lançado oficialmente em 24 de junho. A nova V-Strom 650 chega com visual modernizado, que inclui nova carenagem, novos faróis, novo escape, novo tanque de combustível, com capacidade reduzida em dois litros, passando para 20 litros, novo guidão, mais alto em 15mm, novo painel, com tela digital e computador de bordo que permite acionamento por meio de botão na mão esquerda.

VENTO A tela digital informa também a marcha engatada do câmbio de seis velocidades, que segundo a montadora teve as relações de marcha entre primeira e quinta encurtadas, para conferir mais agilidade, além de temperatura ambiente, hodômetros total e parcial. O conta-giros permanece analógico. As mudanças também passam pela inclusão de defletores laterais de ar junto ao tanque e novo para-brisa, que pode ser regulado em três posições, desenvolvidos com ajuda de túnel de vento para melhorar o conforto aerodinâmico. O banco também foi alterado e fica 5mm mais alto, chegando a 835mm do chão. Em compensação, o peso em ordem de marcha ou abastecida foi reduzido em 3kg, passando para 214kg.

A tela digital informa a marcha engatada do câmbio de seis velocidades

 

Outra inovação é a chave de contato codificada, agora equipada com transponder, batizado com o pomposo nome de Suzuki Advanced Immobiliser System (SAIS), que só reconhece , por meio de chip, a chave original, dificultando a vida para os amigos do alheio. Na parte técnica, o motor de 645cm³, equipado com refrigeração líquida e oito válvulas, foi modernizado e aperfeiçoado. Conserva a arquitetura e características do propulsor antigo, mas ganhou nova programação da injeção, mola de válvula única, em substituição às antigas duplas, cilindros de alumínio com tratamento antiatrito. A potência atinge 68,7cv a 8.800rpm e o torque chega a 6,12kgfm a 6.400rpm.

O motor tem dois cilindros em V inclinados a 90 graus



FREIOS Outra boa novidade é a adoção de freios com sistema ABS de série. Um item cada vez mais presente no segmento, inclusive na concorrência. Na dianteira estão presentes dois discos de 310mm de diâmetro e na traseira um disco simples de 260mm de diâmetro. O modelo, apesar de poder rodar na terra, onde o sistema ABS perde eficiência, e oferecer uma posição de pilotagem mais ereta e relaxada, tem seu habitat nas estradas asfaltadas, confirmado pelos pneus mais esportivos e pelos aros em liga leve, com medida de 19 polegadas na dianteira, mais apropriado para pisos lisos. O aro traseiro tem 17 polegadas de diâmetro, reafirmando sua vocação estradeira, que a marca classifica como Sport Enduro Tourer.

A suspensão dianteira é a tradicional telescópica, com tubos de 43mm de diâmetro e 150mm de curso, com cinco possibilidades de regulagem. A suspensão traseira é do tipo mono, com 159mm de curso, e tem a prática e fácil possibilidade de regulagem manual, por meio de um registro. O quadro em alumínio foi herdado da irmã maior V-Strom 1000, com quem também dividia o antigo tanque e o visual da geração anterior, e utiliza o motor como parte da estrutura, para reduzir peso, aumentar a rigidez torcional, além de proporcionar mais estabilidade e sensação de leveza. A Suzuki também oferece uma extensa linha de acessórios e equipamentos, como malas laterais e mala central, para facilitar a vida do viajante estradeiro.