O BMW 2002 da década de 1960 foi um ícone para o fabricante alemão. Com boa combinação de potência e agilidade, estabeleceu a reputação da marca como fabricante de veículos que uniam praticidade e esportividade. O modelo também deu origem à Série 3, lançada em 1975, que já está em sua quinta geração. Ao longo do tempo, a Série 3 cresceu e, atualmente, apesar de ainda ser uma das referências de seu segmento, é um carro bem maior do que há 30 anos.

Com o novo cupê Série 1, a marca quer retomar o espírito de um veículo leve e ágil, pensado para quem busca prazer ao dirigir. Curiosamente, o veículo usa a mesma plataforma, encurtada, da Série 3. O comprimento de 4,36m faz do veículo modelo bastante compacto. Mas, ao contrário de seus irmãos maiores, os novos cupês são essencialmente esportivos. Enquanto a Série 1 hatch e a Série 3 oferecem motores 2.0, o novo cupê só usa propulsores de seis cilindros 3.0. O 128i é aspirado e desenvolve 230 cv, enquanto o 135i tem dois turbos e rende nada menos do que 300 cv. É o suficiente para aceleração de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos e velocidade máxima, regulada eletronicamente, a 250 km/h.

Como se espera de um legítimo esportivo, a tração é traseira, com suspensões independentes nas quatro rodas. O sistema de controle eletrônico de estabilidade tem vários níveis de atuação. O câmbio de ambas as versões é manual de seis velocidades.

O estilo, apesar de seguir as linhas dos atuais modelos BMW, também tem toque de nostalgia. Os três volumes são bem definidos, com capô longo, teto alto e porta-malas destacado. Até a coluna B, o visual é o mesmo do hatch, portanto, a traseira é o principal item de diferenciação do modelo. O aerofólio é integrado na tampa do porta-malas e as lanternas são propositalmente horizontais, para ajudar a criar o efeito de um veículo mais largo e baixo do que realmente é.

Mesmo com dimensões modestas, o Série 1 cupê não tem nada de simples ou básico. Entre os equipamentos estão faróis adaptáveis, do tipo que giram para acompanhar curvas, sistema iDrive de controle das funções eletrônicas e entrada USB para conectar reprodutor de mp3. Entre os opcionais estão luzes de xenônio, assentos em couro e sistema de navegação.

Espaço interno não é uma preocupação do novo cupê, tanto que o veículo é homologado para apenas quatro ocupantes. Mas isso não quer dizer que a praticidade tenha sido esquecida. Em todos os modelos, o banco traseiro é rebatível, 60/40, o que permite aumentar o espaço de carga, conservando um lugar.