Quem tem família grande não gosta de aperto, principalmente na hora de pegar a estrada na esperada viagem de férias. Aquela história de passageiro disputando espaço no banco traseiro é coisa do passado, pois existem atualmente no mercado várias opções de modelos com sete lugares, que infelizmente não cabem em todos os bolsos. São três fileiras de bancos para acomodar toda a família, porém muitas vezes com pouco conforto e área de bagagem limitada, obrigando a acomodar as malas entre os assentos.
O que mais quer uma pessoa que procura um carro com sete lugares? Assentos suficientes para levar filhos, a mulher, a sogra e um carona no dia a dia na cidade, ou isso e mais um amplo espaço para bagagem na viagem de férias? Com a diversificação dos modelos no mercado, com carrocerias de diferentes formatos - peruas, vans, monovolumes, utilitários-esportivos, crossovers -, e em configurações internas de até sete lugares, ficou fácil atender essas necessidades. Será? Realmente, existem modelos que esbanjam em versatilidade no que diz respeito ao espaço interno, possibilitando diferentes arranjos de bancos, que podem ampliar ou reduzir drasticamente o espaço no porta-malas.
Porém, se o cidadão pensa em comprar um automóvel de sete lugares acreditando que terá espaço para todos e ainda com área suficiente para acomodar a bagagem da família, é preciso fazer uma análise antes de decidir. Se o carro for usado a maior parte do tempo dentro da cidade, para levar e buscar crianças na escola, ou para viagens curtas ao sítio no fim de semana, os modelos de sete lugares são providenciais, embora não ofereçam conforto principalmente para os que vão sentados na terceira fileira. Ali, em geral, os bancos são pequenos, baixos e ergonomicamente incorretos, pois têm os encostos muito retos, deixando a coluna em posição desconfortável. E tal condição em uma viagem longa é uma verdadeira tortura.
O acesso à terceira fileira de bancos também não costuma ser dos mais fáceis, exigindo certo contorcionismo para os que viajam ali. E com os dois últimos bancos montados, a área de bagagem fica radicalmente comprometida. A redução é tão significativa que muitas montadoras sequer divulgam o volume do porta-malas nessa condição, e apresentam apenas os números da área de bagagem com a terceira fileira recolhida. Ou então com a segunda fileira também rebatida, para apresentar um volume que impressiona mais. Mas na prática os modelos de sete lugares têm porta-malas pequenos, com volumes bem menores do que os dos hatches compactos. Ou seja, são carros mais apropriados para as cidades do que para viagens longas.