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Salão do paradoxo

O futuro do automóvel é elétrico e os híbridos fazem a transição, mas na mostra suíça os modelos esportivos de alta potência contrastam com as energias alternativas

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De Genebra, Suíça - O Salão do Automóvel de Genebra é famoso por sua imparcialidade. Nem espaço demais para os alemães, como o de Frankfurt, nem para os franceses, como o de Paris. A Suíça não tem grandes fabricantes e, por isso, distribui sua área de forma concisa e equitativa. Para visitantes (e, lógico, jornalistas), mais agradável, rápido e menos cansativo de ser visitado. Mas, este ano, a mostra de Genebra, que fica aberta até o dia 18, tem uma outra particularidade: além de manter a tendência dos últimos anos dos modelos mais "limpos" (híbridos e elétricos), é palco também de um incrível festival de automóveis esportivos poderosíssimos, esbanjando potência e consumo.

 

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Estreias mundiais
Ao lado de modelos compactos que são estreias mundiais, como o Peugeot 208, Audi A3, peruas Chevrolet Cruze e Hyundai i30, monovolumes Ford B-Max e Fiat 500 L (um 500 alongado que substitui o Idea), fazem contraponto com superesportivos como Bugatti Veyron que (não satisfeita com os 1001cv do modelo “normal”) apresentou o Super Sport Veloce de 1.200cv, a Ferrari com seu (mais potente da história da marca) F12 Berlinetta, de 740cv, a versão roadster do Lamborghini Aventador com motor V12, de700 cv, e várias outras fábricas e preparadores europeus. Além dos esportivos, um festival de SUVs que também não deixam por menos em potência, consumo e emissões.

Honda NSX, que ficou famoso com Senna, tem nova geração



Num pavilhão (Verde) anexo, só as contribuições da indústria automobilística para a saúde do planeta, com o Chevrolet Volt/Opel Ampera, o Emerg-E da Nissan (Infiniti), o Hyundai i.oniq, Suzuki Swift Range Extender e até incursões ecológicas da Porsche, Pininfarina (Cambiano) ou da Rinspeed (Smart elétrico/híbrido).

Aston Martin arrebata suspiros no Salão de Genebra com a versão definitiva do modelo V12 Zagato



Tendência Genebra é também palco de um alinhamento dos modelos de energia alternativa. Marcam presença os elétricos como veículos essencialmente urbanos, enquanto os híbridos apontam para a solução mais rodoviária, com maior autonomia.
Duas marcas confirmam na Suíça seus caminhos opostos: a Toyota reforça a liderança entre os híbridos com o compacto Yaris fazendo companhia ao pioneiro Prius, enquanto a Renault descarta a dupla motorização e confirma o início da produção em série de seu elétrico Zoe a partir de outubro.

Tradição Fábrica nenhuma vive de energia alternativa, e faturar é preciso. A Mercedes mudou o Classe A da água para o vinho com a nova geração que chega como hatch (similar ao BMW Série 1); a Volvo exibe o também novíssimo V40, um compacto de cinco portas; a Jaguar inova com uma perua (diesel); a Land Rover impacta com o conceito Evoque cabriolet; a BMW apresenta a versão sedã do cupê Série 7 como um “Gran Cupê”; a Aston Martin arrasa com a versão definitiva de seu V12 Zagato, que foi conceito em maio de 2011 no Concurso de Elegância de Villa D’Este.
Mas Genebra tem muito mais: apesar de ser um salão “compacto”, ele revela que o setor volta a ganhar força, pois é difícil conferir todas as suas novidades num único dia.

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