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Salão de Tóquio - Futuro elétrico

Tônica da mostra japonesa são os modelos híbridos, pois representam a tendência do momento, já que os elétricos ainda são inviáveis e a célula a combustível, caríssima

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De Tóquio - Para o todo-poderoso nº1 da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, a crise passou e o mercado automotivo entrará nos eixos novamente. Nem mesmo a ausência das principais marcas europeias e dos Estados Unidos arrefeceu o ânimo do dirigente mais badalado do mundo. "Eles fizeram a escolha, mas estarão aqui em 2011".

Segundo Ghosn, a energia elétrica é o futuro do automóvel e 9% dos japoneses querem comprar carros elétricos hoje. Enquanto isso, híbridos, diesel e gasolina predominarão. Outro fator citado por ele e que está de acordo com os interesses da indústria é não depender de uma só energia, o petróleo. Parece mais que a maioria está preocupada em retirar os poderes do mundo árabe do que propriamente com o aquecimento do planeta. O desmatamento contribui muito mais para aquecer o globo do que as emissões de CO².

Mobilidade

O dirigente máximo da Nissan-Renault acredita que se essa commodity apresentar algum tipo de problema, não haverá solução rápida para a mobilidade individual. Entretanto, ele diz que para o Terceiro Mundo a mesma estratégia é a longo prazo. Fora todas as questões políticas pelo combustível do futuro, a diminuição de tamanho parece ser mesmo a tendência da mobilidade individual. Depois das linhas arredondadas e o rebuscamento dos estilistas, o desenho dos carros será feito de modo a otimizar o espaço interno. Por isso, a tendência é retilínea, com maiores altura e largura e menos comprimento.

Com menos de 1 metro de largura, o Land Glider acomoda duas pessoas



Cada vez se vende mais carros no mundo, independentemente da crise, e cresce a população. Não se pode aumentar a largura das vias e é inviável construir pontes, viadutos e trincheiras de maneira ilimitada. Então, a alternativa é procurar otimizar o transporte individual. Nessa linha, a Nissan apresenta o modelo para apenas duas pessoas, o Land Glider, que tem menos de um metro de largura.