Nova York não é uma cidade em que o prazer de dirigir possa ser apreciado. Metrô e táxi são os meios de transporte mais usados e é quase impensável acelerar os esportivos que tanto fazem vista aos americanos em outras praças. Porém, como Detroit, Los Angeles, Las Vegas e até Washington, a cidade tem seu salão, que abriu as portas ao público ontem e vai até o dia 11. Se a ligação umbilical com o volante não se reflete em superesportivos nem na nuvem verde que assola os outros salões (que alguns chamam de monótona), a mostra se destaca pela diversidade e também pela badalação, com a entrega do World Car of The Year, o carro do ano, que caiu no colo dos europeus: VW Polo. Já para a melhor performance o troféu foi para o Audi R8. Os americanos faturaram a categoria design com o Camaro e a VW levou mais, com a tecnologia BlueMotion dos veículos a diesel, para a categoria ecológica.
A diversidade está também na formação da cidade, um centro de imigrantes de todo o planeta, criado pela fusão de diversas culturas. Talvez por isso, se explique o sucesso dos asiáticos, bem acolhidos pela crítica e pelo público. O Kia Magentis, por exemplo, teve as linhas da nova geração renovadas, com a assinatura de Peter Schreyer, o pai do Soul, Cerato, TT e New Beetle. O Magentis, chamado de Optima no mercado americano, tem três opções de motor (2.0, de 200cv; Theta II 2.4, de 274cv; e outra com propulsão híbrida, que será apresentada depois) e duas de câmbio (manual ou automático), ambas de seis velocidades.
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Já o Subaru Impreza WRX STI volta a ser comercializado na opção sedã depois de três anos. O motor é o mesmo boxer de quatro cilindros, que desenvolve 305cv, a tração é integral e o conjunto de suspensão recebeu molas mais firmes e novas barras estabilizadoras. Por fora, chamam a atenção as rodas de 18 polegadas, quatro saídas de escape e rodas BBS de 18 polegadas.
Híbridos
A Hyundai aposta no Sonata Hybrid para servir como chamariz da tecnologia verde da marca para o mercado americano. O sedã foi adaptado e o motor 2.4 a gasolina ganhou a companhia de um elétrico de 40cv de potência, que ao trabalhar sozinho pode chegar até 100km/h. Os dois motores combinados produzem 211cv de potência e o consumo médio é de 15,7km/l.
Outro híbrido apresentado foi o Lincoln MKZ . Trata-se do primeiro modelo híbrido da marca de luxo do Grupo Ford. O MKZ utiliza a segunda geração do sistema de propulsão híbrida desenvolvido pela engenharia da marca, que combina motor 2.5 a gasolina com outro elétrico, produzindo juntos 190cv. O conjunto proporciona ao carro uma média de consumo de 17,4km/l na cidade.
A aposta ecológica também acertou o Chevrolet Cruze Eco, que mostrou versão do sedã mundial com motor turbo 1.4, que desenvolve 138cv de potência e 20,4kgfm de torque. A principal vantagem dessa opção é o baixo consumo de combustível: segundo a GM, o modelo é capaz de percorrer 800 quilômetros com apenas um tanque de combustível. Também contribuem para essa boa performance as rodas mais leves.
Crossover
Já a Mercedes-Benz mostrou mais uma vez a SLS AMG, a reedição da Asa de Gaivota, e fez a apresentação mundial da nova geração do crossover Classe R, que passou por atualização estilística: grade redesenhada, lanternas mais estreitas, capô com linhas marcantes, novos para-choques, lanternas traseiras com luzes de LEDs e saídas de escape em formato trapezoidal. Opções de motor: V6 3.5, de 271cv; e V6 3.0 turbo, de 212cv.
Veja os destaques do Salão de Nova York nos links abaixo
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