De Nova York - Andando pelas ruas de Nova York é quase impossível ver um automóvel Fiat, aliás, de carros europeus aqui, somente os alemães. Curiosamente, achamos no bairro do Queens, uma oficina especializada em Fiat. No interior do estabelecimento, apenas uma Ferrari sobre cavaletes. Mas a Fiat quer mudar o quadro atual dela. Não que ela pretende ter seus carros ocupando ociosas oficinas nos arredores de Manhattan, mas ela está certa que em pouco tempo, não seja tão difícil assim ver um Fiat nas ruas dos Estados Unidos.
A marca é quase uma novidade para os americanos. Muitos nem sabe que ela é italiana e se confundem com as francesas. O 500 foi o único modelo apresentado no Salão Internacional de Nova York, que vai até o próximo primeiro de maio. Além da marca em si, a novidade para os americanos é a versão Cabriolet. A importação em larga escala será do México, sem impostos. A capota de lona elétrica pode ser acionada com o veículo em movimento até os 60 km/h e terá três opções de cores, podendo ser combinada com as 14 cores externas e 12 cores do acabamento interno. Assim como ocorre com o novo Uno no Brasil, aqui a Fiat disponibilizará adesivos e acessórios estéticos para personalizar o carro, tornando assim, um veículo fun, como adjetivaram na apresentação do 500C.
A montadora deixou claro que sua intenção com o 500 é a concorrência com modelos do mesmo segmento, como o Volkswagen Beetle, Mini Cooper e Smart. Curiosamente, o 500 aqui nos Estados Unidos não será equipado com o pífio câmbio automatizado Dualogic. A caixa automática usada pela Fiat é de seis velocidades, pois o mercado americano não vê com bons olhos nem mesmo os automatizados de marcas premium, como foi com o antigo BMW M5. O motor é o 1.4 MultiAir, cuja injeção de ar na câmara é controlada eletronicamente.
Confira galeria com os carros apresentados no Salão de Nova York
O modelo será vendido nas rede de concessionárias Chrysler e em alguns pontos exclusivos pelo valor de aproximadamente US$ 19 mil. Com isso, a marca italiana quer abocanhar 46% de participação na Chrysler logo após a quitação dos empréstimos que o Governo dos Estados Unidos fez à Chrysler para salva-la da falência no auge da crise econômica internacional, em 2009.
No segundo dia para jornalistas no Salão de Nova York também houve surpresa na Kia. A marca coreana não só mostrou o novo Rio hatch e três volumes, como também apresentou o Soul após um leve facelift. Isso significa que o modelo com motor flex lançado no Brasil no mês passado, já está desatualizado. E ficará assim até que a Kia do Brasil possa importar o novo, já que é um veículo mundial.
Nos Estados Unidos, ele estará disponível com duas opções de motores: 1.6 16V e 137cv e 2.0 16V de 162 cv. Embora a marca tenha anunciado a opção de câmbio manual (algo raro nos Estados Unidos), no estande só haviam unidades automáticas. Aliás, em todo o Salão, só observamos um único modelo com caixa convencional: um Chevrolet Cruze, que também dará as caras no Brasil.