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Salão de Frankfurt - Muito pouco para o Brasil

Cada vez mais descolados do primeiro time tecnológico, consumidores brasileiros vão precisar esperar para poder dirigir as grandes atrações do Salão de Frankfurt

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Renault Fluence é o provável substituto do Mégane também no Brasil

De Frankfurt - A principal novidade para o mercado brasileiro é o Renault Fluence, que, provavelmente, substituirá o Renault Mégane. Um sedã com linhas modernas e fabricado na Turquia, país com características de mercado semelhante às do brasileiro. O diretor de design da Renault para carros médios, Geoffrey Gardiner, não confirma a produção, mas diz que "o mercado brasileiro é interessante". Outra pista de que o Fluence vai se tornar mais um Renault nacional é que o centro de estilo da marca, em São Paulo, contribuiu com muitas informações para o desenvolvimento do projeto. Segundo Gardiner, os brasileiros passaram, principalmente, informações sobre as preferências dos consumidores brasileiros.

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Outros modelos, como o novo Citroën C3, lançado para o mercado europeu, podem servir de inspiração para uma reestilização da versão nacional. Assim como o novo Astra, da Opel. Já a Fiat, que apresentou o Punto Evo, que leva um jeitão do compacto 500, também descarta sua venda no Brasil. A novidade da coreana Hyundai é o ix-35, que substitui o Tucson. Com dimensões um pouco maiores, o novo utilitário-esportivo terá várias alternativas de motores, de acordo com a região, entre opções a diesel e gasolina. O novo modelo deve ser importado para o Brasil, enquanto o atual Tucson será fabricado em nosso país, na unidade de Anápolis (GO).

Segundo plano

O Citroën C3 europeu pode inspirar a reestilização do brasileiro



A tendência, pelo visto, é que o Brasil fique mesmo em segundo plano. A Volkswagen apresentou uma versão duas portas do Polo, com apelo esportivo. A marca alemã também mostrou o Golf R, uma opção mais que apimentada do hatch, com 270cv de potência, equipado com motor 2.0 TSI. Tudo isso apenas para o mercado europeu. Perguntado se poderia atualizar modelos como Polo e Golf no Brasil, defasados em relação a seus similares na Europa, a resposta do diretor da Volkswagen responsável pelo mercado, Cristian Klinger, foi direta: "Lançamos automóveis de acordo com o mercado".

Klinger explicou que os motores nacionais 1.6 e 1.0 vendem bem e não há motivos para se investir nos elogiados europeus, como o 1.4 TSi. "Partimos do princípio de que desenvolvemos veículos para ganhar dinheiro", informou o executivo. Porém, ele confirmou que no primeiro trimestre do ano que vem, será lançada no Brasil a tão aguardada picape média Amarock.

Os outros destaques da mostra alemã, que termina dia 27, são: o Toyota Land Cruiser, que passou por uma reestilização interna e externa; o novo monovolume Ford C-Max, que mostra como serão as futuras linhas do Focus; o luxuoso, requintado e moderno Rolls-Royce Ghost, com motor 6.6, de 563cv; e o compacto BMW X-1.

(*) Jornalista viajou a convite da Anfavea.

A equipe do Vrum na TV foi a Frankfurt