Circula nas redes sociais um vídeo no qual uma pessoa, que se identifica como policial civil, mostra uma caminhonete Toyota Hilux supostamente recuperada de um roubo. A narradora explica que, segundo o criminoso que teria levado a picape, seria possível ligar o motor ao aproximar um imã do botão de partida: para provar, ela mesma realiza esse procedimento que, ao que parece, funciona. Será verdade? Assista:
A resposta é não. Ocorre que o objeto apresentado no vídeo não é um imã, e sim uma espécie de transponder. Trata-se de um componente com um código eletrônico, semelhante ao que está presente no interior da chave do veículo. Ao reconhecê-lo, a central eletrônica libera a ignição. É assim, grosso modo, que funcionam os sistemas de imobilização presentes nos veículos atuais.
A própria Toyota emitiu uma nota na qual explica essa questão do sistema eletrônico presente na caminhonete Hilux. Confira o texto na íntegra:
A Toyota do Brasil informa que o objeto apresentado no vídeo não é um pedaço de ímã, mas sim algo que se assemelha a um componente interno da chave de ignição, que pode ter sido extraído de uma das chaves originais do veículo ou clonado ilegalmente. Portanto, é importante ressaltar que essa ação não denota um defeito de produto, mas sim uma cópia não autorizada da chave eletrônica do carro."
Toyota do Brasil
Por fim, a Toyota conclui a nota sobre o caso da caminhonete Hilux: "Seguindo os compromissos de qualidade, confiabilidade e segurança que a marca tem com seus clientes, a empresa afirma que não registrou falhas relacionadas a este sistema, amplamente utilizado por várias marcas automotivas em todo o mundo, e que está sempre em busca de constantes melhorias para seus veículos."
Como, então, a Toyota Hilux foi roubada?
Roubos de veículos protegidos por sistemas eletrônicos de imobilização não são novidade. A maneira mais simples de se fazer isso é tendo acesso à própria chave do a ser furtado. É possível, por exemplo, que o ladrão da caminhonete Hilux tenha conseguido manusear o componente e, assim, clonar o código. Outro método consiste em utilizar aparelhos especiais específicos para fazer cópias das chaves.
Nesse ponto, cabe esclarecer que tais crimes podem atingir diversos veículos que utilizam imobilizadores de ignoção, e não apenas a caminhonete Hilux ou modelos da gama Toyota. Afinal, por mais que a eletrônica ofereça proteção, os criminosos estão sempre criando subterfúgios para burlá-la. Pelo menos, o certo é que um mero ímã não representa qualquer ameaça para essa tecnologia.
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