PLANOS DE GETÚLIO VARGAS
Uma limusine foi durante anos o sonho de Getúlio Vargas. Não o político, mas o mecânico morador da Favela do Sumaré, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Tulinho Adeir (foto maior), como prefere ser chamado, ficou durante sete anos transformando um Ford Landau 1975 (ao lado) em limusine. Investiu R$ 20 mil e equipou o carro com computador, televisão, bar e tudo a que tem direito, até salão de beleza.
Desilusão
O sonho durou pouco, faltaram os outros R$ 20 mil de que precisava para terminar o projeto. Ficou ainda mais distante, quando perdeu o galpão em que trabalhava suas criações - que incluem ainda uma moto Honda CB 450 revestida de osso de boi e um Fusca para lá de tunado. Por fim, Tulinho desistiu da limusine e diz que a vendeu quase de graça.
Ousadia
Agora, quando conseguir alugar outro galpão, Tulinho quer fazer uma limusine maior que a primeira, que tinha nove metros. A segunda terá como base uma caminhonete Ford F-1000 e chegará a 12 metros. "Vou abusar da tecnologia", promete o mecânico e lanterneiro, que também é vocalista da banda Agentes do Inferno. As iniciais da banda, inclusive, estão marcadas a ferro e fogo em seus dentes mais proeminentes.
ESTOCADA
O livro CARtoons, do norte-americano Andy Singer tornou-se uma espécie de bíblia daqueles que pregam reflexão o uso racional e moderado do carro. Com um traço simples e humor seco, ele mostra como o homem tem se tornado cada vez mais vítima do automóvel e se servido menos da sua invenção. Se em alguns momentos as tiras pecam pelo exagero - e são nesses que fazem mais graça -, em outros são um retrato cru de cenas patéticas impostas pelo cotidiano. Algumas podem ser vistas no site site do CARtoons.
DISTANTE DO CHÃO
O princípio básico do pneu é colar o carro no solo. Porém, para fazer a fama das marcas, os marqueteiros dos grandes fabricantes precisam dar asas à imaginação. A Pirelli e seu calendário já têm mais de 40 anos de história e este ano tirou do baú Sophia Loren (foto acima). Quando setembro chegar e a folhinha estampar o olhar meigo de Naomi Waitts, estrela recente de King Kong, e O Chamado, a veterana Loren completará 71 primaveras.
Virtual
Mas com a folhinha ainda nas primeiras páginas, a Pirelli joga na pista um curta-metragem estrelado por Uma Thurman, musa de Tarantino em Kill Bill. A loura nervosa dirige um não menos invocado Lamborghini Gallardo, em uma perseguição nonsense nas ruas de Los Angeles. Com direção de Kathryn Bigelow, o filme é o segundo da PirelliFilm, lançada no ano passado e que tem a internet como meio de divulgação. Em menos de um ano, os acessos superaram a barreira dos 5 milhões.
Queda
Já a concorrente Goodyear viu sua principal peça de mídia (o dirigível que sobrevoou o Brasil estampando sua marca) perder fôlego e ficar no solo. O contrato - cerca de R$ 1,5 milhão por três meses - foi cancelado, depois de quatro anos.
Bip
O dirigível conquistou simpatia, assim como o mascote Bib, da outra empresa de pneus, a Michellin. O Bip foi uma criação de Monsieur Gallop, em 1898, baseado em idéias de Eduard e André Michellin, que haviam imaginado uma pilha de pneus com braços e pernas. Na década de 70, o Bib foi o prêmio que os revendedores Michellin entregavam aos caminhoneiros que adquiriam pneus de carga da marca.