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Retrospectiva - Para ficar na história

Melhor notícia de 2007 são os recordes de produção e de vendas. Mas ainda não foi o ano da universalização de equipamentos básicos de segurança

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Foto:

Compacto premium Punto, eleito o carro do ano pelo caderno de Veículos do jornal Estado de Minas e pelos internautas do Portal Vrum

Apesar do bom desempenho da indústria, ainda há muito o que fazer para que o Brasil tenha um cenário automotivo digno do tamanho de sua frota. Boa parte das rodovias federais já mostra novamente os efeitos da falta de manutenção e os órgãos reguladores, apesar de algumas boas iniciativas, cederam ao lobby dos fabricantes de películas e engates. Mas motoristas e passageiros também têm sua parcela de culpa, desrespeitando normas e ignorando comportamentos que aumentam a segurança no trânsito.

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Negativo

. A inclusão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Registro

. Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf) permite a consulta das multas na hora de transferir o veículo. No entanto, a PRF aproveitou para inserir infrações antigas, incluindo as de veículos que já haviam sido vendidos no mercado de usados e que, na ocasião do negócio, apareciam sem multas emitidas pela PRF nos sistemas dos Detrans.

. Apesar de a norma já ter sido homologada, o Denatran ainda não publicou a lista dos veículos que não podem usar o engate para reboque.

Logan, com preço de compacto e espaço de médio, deu fôlego à Renault. Ritmo acelerado de produção e também de vendas gerou filas de espera


. Resolução que regulamenta o uso de películas nos vidros dos carros já está em vigor, mas os Detrans ainda não têm equipamento para medir a transparência luminosa dos filmes.

. Desabastecimento de gás no Rio de Janeiro e em São Paulo desaqueceu a cadeia produtiva do GNV, mesmo em praças como Minas Gerais, em que o fornecimento não depende da Bolívia e, portanto, não há risco de falta do combustível.

. Apoio de cabeça e cinto de três pontos para o passageiro do meio do banco traseiro ainda não são obrigatórios.

. Passageiros continuam ignorando o uso do cinto de segurança no banco de trás e tagarelando ao celular enquanto estão ao volante. Quem dirige?

Positivo

. O ano foi recorde para a indústria automotiva nacional, batendo até a marca anterior, de 1997. Até novembro, haviam sido vendidos 2,22 milhões de veículos entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Mesmo sem contabilizar dezembro, os números já superam os de todo o ano anterior, quando foram comercializados 1,93 milhão de veículos.

. Em setembro, saíram da linha de montagem as primeiras unidades dos sistemas ABS produzidos no Brasil. A fabricação local do equipamento veio com estimativa de redução no custo de até 30%. No entanto, como o ABS é vendido para as montadoras a diminuição no preço para o consumidor depende das políticas de preços das marcas.

. Em outubro, foi inaugurada mais uma fábrica nacional, a da Hyundai, em Anápolis (GO). Por enquanto, apenas um caminhão, com baixo índice de nacionalização, é produzido, mas já houve a criação de 700 empregos diretos e há a possibilidade de produção de novos modelos.

. Entre as resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que devem facilitar a tarefa dos motoristas estão a liberação do uso de sistemas de navegação por GPS com informação visual, por mapas, e a previsão da obrigatoriedade de sistemas de rastreamento em todos os carros novos a partir de 2009.

. Em dezembro, Belo Horizonte foi palco da Bienal do Automóvel, primeiro grande salão da capital mineira. Apesar das poucas novidades, o evento foi bem organizado, teve bom número de espectadores e contou com a primeira exibição mundial do Renault Sandero para o público.

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