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Renault Sandero - Logan sem bumbum

Plataforma é a do Logan, mas novo hatch é sofisticado, com linhas modernas. Brasil será o primeiro país a fabricá-lo e as vendas começam em dezembro

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Faróis enormes e linhas ousadas; lanternas traseiras pouco convencionais agradam e versão topo de linha tem pára-choque na cor da carroceria

São Paulo (SP) - A Renault surpreendeu na apresentação do Sandero, hatch compacto derivado da plataforma do Logan. É que numa família de automóveis, todos os modelos têm a mesma carroceria até a coluna atrás das portas dianteiras. Daí para trás surgem as variações sobre o tema: quatro portas, duas portas, picape, station-wagon. No Sandero, a Renault jogou fora a receita tradicional e desenhou também uma frente moderna e inovadora. Nada a ver com a caretice que predomina no sedã que lhe deu origem.

A plataforma é a mesma do Logan, mas a distância entre-eixos foi encurtada em quatro centímetros, para 2,59 m. O espaço no banco traseiro ficou um pouco sacrificado mas, segundo os engenheiros da Renault, falou mais alto a necessidade de tornar o estilo mais agradável. Ainda assim, o Sandero ainda tem maior entre-eixos que seus principais concorrentes, o VW Fox e o Fiat Punto. E também um grande porta-malas, de 320 litros. Seu comprimento é de 4,02 m. A apresentação à imprensa mundial foi segunda-feira, em Frankfurt, feita por Carlos Ghosn, o brasileiro que comanda o grupo Renault-Nissan no mundo. E simultaneamente em São Paulo, para a imprensa brasileira.

Para o Brasil
Jérome Stoll, presidente da subsidiária brasileira da empresa, afirma que o novo modelo foi desenvolvido no centro Renault Design América Latina levando em conta as exigências do motorista e as características das estradas. Ele comemorou também o sucesso do Logan: o sedã está vendendo mais que as 1.500 unidades mensais previstas pela montadora que alcançou 2.114 unidades comercializadas em agosto e prevê atingir 3 mil carros por mês. O Sandero é o primeiro de outros modelos baseados na mesma plataforma, chamada de B0.

Porta-malas tem 320 litros de capacidade de carga. Painel em peça única reduz muitos ruídos internos


O hatch será produzido inicialmente no Paraná, para atender Brasil e Argentina (vendas se iniciando em dezembro). Depois, será fabricado em outros países e comercializado na Europa com a marca Dacia, subsidiária romena da Renault e responsável pelo desenvolvimento, produção e lançamento da linha Logan.

O Sandero terá duas motorizações bicombustíveis: o mesmo 1.6 de 16 válvulas do Logan e também o novo 1.6 de 8 válvulas, a ser lançado em novembro no Brasil. Ele terá potência de 95 cv (álcool) e 92 cv (gasolina) e torque de 14,1 kgfm (álcool) ou 13,7 kgfm (gasolina) a 2.850 rpm.

Modelo terá versão esportiva equipada com motor 2.0 16V, o mesmo da linha Mégane. Será denominada de Sandero Sport e apresentada em forma de conceito no lançamento do novo hatch para a imprensa. Sandero terá as mesmas versões de acabamento do Logan: Authentique, Expression e Privilège.

O posicionamento do novo hatch será diferenciado em relação ao Logan: enquanto o sedã foi lançado como um automóvel médio mais acessível, custando menos que os concorrentes, o Sandero, além do estilo mais moderno e jovem, será também mais sofisticado e vai oferecer mais opções de equipamentos de conforto e segurança, como airbag e freios ABS. Como o Logan, terá garantia de três anos ou 100 mil quilômetros. Seu preço será definido apenas na ocasião do lançamento, mas sua versão básica não deverá custar menos de R$ 35 mil.

(*) Jornalista viajou a convite da Renault do Brasil