Banco do Ka
Ford condenada em primeira instância
A Ford foi condenada ao pagamento de R$ 80 mil à família de motorista que morreu em acidente, há nove anos, supostamente por falha no banco do Ford Ka. O banco se retorceu, não suportando o peso do corpo da motorista, que ficou preso ao cinto de segurança, mas a cabeça acabou batendo na coluna traseira do carro. O suposto defeito foi levantado por Veículos à época do acidente (outubro de 2000), que não foi o único nas mesmas condições. E perícia recente, feita em decorrência do processo, constatou falha na estrutura do banco. Além de condenar a Ford ao pagamento da indenização, o juiz Renan Chaves Carreira Machado, da 15ª Vara Cível de Belo Horizonte, determinou que fosse encaminhado ofício, com cópia integral dos autos, ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e ao Ministério Público para que possam tomar providências cabíveis junto ao fabricante, tendo em vista a possibilidade de o defeito do banco ser uma falha estrutural. Segundo o advogado responsável pela ação, Geraldo Magela Freire, a decisão é de primeira instância e, portanto, cabe recurso. Na época do acidente, o Ministério Público abriu representação, pedindo explicações à Ford, e o caso havia ficado sob a responsabilidade do então promotor Francisco José Lins do Rego Santos (foto).
Galo
Um jornalista alemão ouviu o galo cantar e acertou o terreiro, mas apostou num carijó e era um garnizé? A revista Automobilewoche noticiou que a Mercedes CLC, produzida em Juiz de Fora, teria sua linha de montagem transferida para sua unidade de Bremen (Alemanha) no início de 2010. Foi o bastante para tumultuar (novamente) o clima na fábrica mineira da empresa. Mas a história é outra: o que Bremen vai produzir é a versão (até então inexistente) cupê da nova Classe C. Até faz mais sentido, pois a linha C tem uma nova plataforma na Alemanha, enquanto a CLC (fabricada em Minas) usa a plataforma antiga.
"Automêntico"
A Fiat derrapa na propaganda do câmbio automatizado Dualogic (manual com acionadores que substituem o pedal de embreagem e a alavanca de marchas) chamando-o de "automático". O câmbio automatizado tem vantagens em relação ao automático tradicional: é mais leve, barato e reduz (em vez de aumentar) o consumo. Mas tem desvantagens, uns desagradáveis "soluços" na passagem de marchas. A Fiat, ao mascarar o sistema, pode também estar criando um problema para seus concessionários: imagine um desavisado que compra o carro com câmbio Dualogic pensando tratar-se de um automático convencional e dois anos mais tarde, ao levá-lo para a revisão, receber uma conta de kit de embreagem?
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