De São Paulo (SP) - A Citroën lançou oficialmente no Brasil a segunda geração dos monovolumes C4 Picasso (de cinco lugares) e Grand C4 Picasso (de sete lugares), que chega à rede de concessionárias dentro de duas semanas. O projeto buscou a ruptura do design tradicional de monovolume. E engana-se quem pensa que os dois modelos fazem o estilo “par de jarras”, sendo uma pequena e outra grande. De acordo com a marca francesa, no exterior, os únicos componentes comuns aos dois veículos são o capô e o para-brisa. Tanto é que o C4 Picasso está mais para um hatch, enquanto o C4 Grand Picasso tem elementos que remetem a uma perua.
IMPRESSÕES Nos dois modelos, o motor usado é o esperto 1.6 THP (a gasolina), com turbo e injeção direta, com câmbio automático de seis marchas, que permite trocas manuais por aletas localizadas atrás do volante. A potência máxima é de 165cv, alcançados aos 6.000rpm, e o torque máximo, de 24,4kgfm, já está disponível com 1.400rpm. Eficiente, o motor tirou nota A nos testes de consumo do Inmetro. Ambos também usam uma nova plataforma modular feita de materiais mais resistentes e leves. Rodamos cerca de 200 quilômetros com o C4 Picasso, que mostrou ser um carro bem mais dinâmico. Além do bom casamento do conjunto mecânico, a suspensão está mais dura, tendendo um pouco mais para a estabilidade do que para o conforto. A direção elétrica ganha carga em velocidades mais elevadas.
Como o bem-estar a bordo é o aspecto mais importante em um monovolume, a Citroën desenhou um interior denominado loft, com a mínima interferência entre os passageiros. Geralmente negligenciados em outros modelos, o Picasso oferece muito conforto para os passageiros de trás, com três assentos independentes (todos com regulagem longitudinal), mesinhas tipo avião, cortinas e saídas de ar-condicionado. Como opcionais, os passageiros da frente podem ter bancos com aquecimento e massagem, além de um apoio de perna para o passageiro e sistema de entretenimento para o banco traseiro (com duas telas de LCD e fones de ouvido sem fio).
O painel traz as informações em duas telas localizadas no centro (fala mal do Etios!), onde uma tátil de sete polegadas comanda funções como navegação, climatização e entretenimento, e outra tela menor em preto e branco concentra os dados de velocidade e computador de bordo. Na versão Intensive, esta tela é substituída por uma de 12 polegadas configurável. O cuidado com a luminosidade no interior sempre foi uma característica da linha Picasso. Além dos enormes vigias dianteiros, os monovolumes trazem o para-brisa Zenith. Somando com o teto panorâmico (opcional), a área envidraçada pode chegar a 5,3m².
PREÇO E CONTEÚDO O C4 Picasso é vendido por R$ 110.900 na versão Seduction, que traz seis airbags, controle de tração e estabilidades, Isofix em três assentos, faróis de neblina com função cornering, sensor de chuva, freio de estacionamento elétrico, assistente de partida em rampa, retrovisores com ajustes e rebatimento elétricos, ar-condicionado automático de dupla zona e saídas para a segunda fileira de bancos, multimídia com Bluetooth, entradas auxiliar e USB e HD interno. Já a versão Intensive, que custa R$ 117.900, tem a mais travamento de porta sem o uso da chave, câmera de ré, sistema de navegação, iluminação em LED no interior e lanterna traseira de LED com efeito 3D.
O Grand C4 Picasso tem os mesmos pacotes e custa R$ 120.900 na versão Seduction e R$ 127.900 na Intensive. Alguns opcionais interessantes: faróis bixênon direcionais, assistente de estacionamento, visão 360°, além de abertura e fechamento motorizado do porta-malas. Os modelos têm três anos de garantia sem limite de quilometragem e preço fixo nas revisões. A Citroën espera vender 70 unidades por mês e aposta na fidelização de 50% que o modelo alcançou e no fato de o produto reunir características que o permitem reconquistar clientes que migraram para os SUVs.
* Jornalista viajou a convite da Citroën