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Porsche revela o novo Cayenne

A segunda geração do utilitário esportivo investiu em uma linha mais ecológica, com direito a uma versão híbrida

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Após a apresentação do Volkswagen Touareg, se tornou uma questão de tempo para a Porsche apresentar a segunda geração do Cayenne, lançado originalmente em 2002. Para polir a imagem do modelo, que como jipão e esportivo foi alvo da onda de criticismo em relação aos carros beberrões e poluidores, a marca de Stuttgart implementou algumas mudanças em busca da melhoria dos índices de consumo e de emissões. A começar pela criação de uma muito esperada versão híbrida. Em estilo, a porção dianteira se aproximou do visual do Panamera, enquanto a porção lateral ganhou vincos e volume, com uma linha de cintura ascendente e contornos mais fluídos. É na traseira que a nova personalidade do carro fica mais clara, com lanternas em forma de gota. Os retrovisores passaram a ser montados na porta, uma posição que será repetida no novo 911. Mas foram mantidas assinaturas visuais da primeira geração, como as três volumosas entradas de ar frontais e os faróis em posição elevada.

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As dimensões crescerem em comprimento, que ganhou 4,8 centímetros e chegou aos 4,84 metros, além de entre-eixos, que com 4 cm a mais atingiu 2,89 m. A expansão não influiu negativamente na balança. De acordo com a Porsche, a versão S emagreceu 180 kg, o que deve deixar o seu peso em ainda parrudos 2 toneladas. O modelo oferece até 23% a mais de economia com mais performance e tamanho, graças a introdução de um novo câmbio automático de 8 marchas para todas as variantes.



Um jipão mais verde

Em mecânica, o novo Cayenne recebe a versão híbrida que do Touareg estreou na sua apresentação, no último dia 11 de fevereiro em Munique, Alemanha. Ao contrário do utilitário da Volks, o Cayenne S híbrido conta com um propulsor V6 de 3 litros (contra 3,3 l) e 337 cv de potência que trabalha associado a um motor elétrico capaz de gerar 46 cv. Juntos alcançam uma potência de 385 cv e um torque massivo de 59,1 kgfm disponível aos 1 mil giros, praticamente a marcha lenta. O suficiente para se equiparar ao V8 4.8 da antiga versão, que entregava a mesma potência e 51 kgfm a 3.500 giros.

O utilitário esportivo pode rodar com energia elétrica em velocidades de até 60 km/h, sem emitir ruídos ou emissões. O propulsor a combustão pode ainda ser desconectado em velocidades de cruzeiro de até 156 km/h, uma situação em que é exigida pouca força. O consumo médio declarado é de 12,1 km/l e o índice de emissões de 193 g/km de CO2 (dióxido de carbono), equivalente ao de um Ford Fusion 2.5, é o melhor de toda a gama Porsche.

A busca por uma maior eficiência também atingiu as demais versões, que receberam um câmbio automático de oito marchas e o sistema Start/Stop que já equipava o Panamera, capaz de desligar e religar automaticamente o carro em trânsito. A Porsche afirma que nada menos que três das configurações do Cayenne atingem médias de consumo melhores que 10 km/l.

Gama de motorizações

A gama começa com o conhecido V6 3.6 com 300 cv de potência, que passou a consumir 5% a menos com uma média de 10,1 km/l de gasolina. Além da versão híbrida, o Cayenne S conta ainda com o V8 4.8, que passou por algumas atualizações e teve a sua potência aumentada de 385 cv para 400 cv, além do consumo reduzido para 9,5 km/l, 23% melhor que o seu antecessor. O mesmo motor sobrealimentado por dois turbocompressores com intercoolers gera 500 cv, o que aumenta a sua sede para declarados 8,6 km/l. Há ainda uma opção turbodiesel, que debita 240 cv e 56 kgfm, que se tornou mais econômica, com uma média declarada de frugais 13,5 km/l.



Equipamentos e preços

A inspiração no Panamera fica clara no interior, com um console em formato de "espinha de peixe" e saídas de ar verticais. O conforto também foi beneficiado pela introdução de um banco traseiro que pode ser deslocado longitudinalmente em até 16 centímetros e ter o encosto reclinado em até três posições. O revestimento em couro é de série, junto com sensores de estacionamento frontais e laterais, controle de cruzeiro, sistema de som com tela LCD de 7 polegadas sensível ao toque, bancos elétricos dianteiros elétricos ajustáveis em oito posições e trio elétrico.

As linhas do Cayenne ganharam músculos e se tornaram mais sinuosas



A versão Turbo acrescenta suspensão a ar com controle dinâmico ativo, faróis de xenônio, rodas aro 19, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, sistema de comunicação com navegador GPS, som da conceituada BOSE, assentos aquecidos e pintura metálica.

O modelo começará a ser vendido na Europa no dia 8 de maio. Os preços sem impostos começam em 46.400 euros para o Cayenne básico V6 3.0, cerca de 114 mil euros. O valor sobe para 49.900 pelo turbodiesel de mesma litragem, o equivalente a R$ 123 mil. O S com motor V8 parte de 60.900 euros, R$ 150 mil, mas caso o comprador prefira a versão híbrida é necessário pagar 5 mil euros a mais, em um total de 65.900, R$ 162 mil em valores convertidos. Já o top de linha Turbo começa em 96.900 euros, o que dá R$ 239 mil, valor insuficiente para comprar um Boxster básico no Brasil.

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