Após a apresentação do Volkswagen Touareg, se tornou uma questão de tempo para a Porsche apresentar a segunda geração do Cayenne, lançado originalmente em 2002. Para polir a imagem do modelo, que como jipão e esportivo foi alvo da onda de criticismo em relação aos carros beberrões e poluidores, a marca de Stuttgart implementou algumas mudanças em busca da melhoria dos índices de consumo e de emissões. A começar pela criação de uma muito esperada versão híbrida. Em estilo, a porção dianteira se aproximou do visual do Panamera, enquanto a porção lateral ganhou vincos e volume, com uma linha de cintura ascendente e contornos mais fluídos. É na traseira que a nova personalidade do carro fica mais clara, com lanternas em forma de gota. Os retrovisores passaram a ser montados na porta, uma posição que será repetida no novo 911. Mas foram mantidas assinaturas visuais da primeira geração, como as três volumosas entradas de ar frontais e os faróis em posição elevada.
Veja mais fotos do Porsche Cayenne 2011!
As dimensões crescerem em comprimento, que ganhou 4,8 centímetros e chegou aos 4,84 metros, além de entre-eixos, que com 4 cm a mais atingiu 2,89 m. A expansão não influiu negativamente na balança. De acordo com a Porsche, a versão S emagreceu 180 kg, o que deve deixar o seu peso em ainda parrudos 2 toneladas. O modelo oferece até 23% a mais de economia com mais performance e tamanho, graças a introdução de um novo câmbio automático de 8 marchas para todas as variantes.
Um jipão mais verde
Em mecânica, o novo Cayenne recebe a versão híbrida que do Touareg estreou na sua apresentação, no último dia 11 de fevereiro em Munique, Alemanha. Ao contrário do utilitário da Volks, o Cayenne S híbrido conta com um propulsor V6 de 3 litros (contra 3,3 l) e 337 cv de potência que trabalha associado a um motor elétrico capaz de gerar 46 cv. Juntos alcançam uma potência de 385 cv e um torque massivo de 59,1 kgfm disponível aos 1 mil giros, praticamente a marcha lenta. O suficiente para se equiparar ao V8 4.8 da antiga versão, que entregava a mesma potência e 51 kgfm a 3.500 giros.
O utilitário esportivo pode rodar com energia elétrica em velocidades de até 60 km/h, sem emitir ruídos ou emissões. O propulsor a combustão pode ainda ser desconectado em velocidades de cruzeiro de até 156 km/h, uma situação em que é exigida pouca força. O consumo médio declarado é de 12,1 km/l e o índice de emissões de 193 g/km de CO2 (dióxido de carbono), equivalente ao de um Ford Fusion 2.5, é o melhor de toda a gama Porsche.
A busca por uma maior eficiência também atingiu as demais versões, que receberam um câmbio automático de oito marchas e o sistema Start/Stop que já equipava o Panamera, capaz de desligar e religar automaticamente o carro em trânsito. A Porsche afirma que nada menos que três das configurações do Cayenne atingem médias de consumo melhores que 10 km/l.
Gama de motorizações
A gama começa com o conhecido V6 3.6 com 300 cv de potência, que passou a consumir 5% a menos com uma média de 10,1 km/l de gasolina. Além da versão híbrida, o Cayenne S conta ainda com o V8 4.8, que passou por algumas atualizações e teve a sua potência aumentada de 385 cv para 400 cv, além do consumo reduzido para 9,5 km/l, 23% melhor que o seu antecessor. O mesmo motor sobrealimentado por dois turbocompressores com intercoolers gera 500 cv, o que aumenta a sua sede para declarados 8,6 km/l. Há ainda uma opção turbodiesel, que debita 240 cv e 56 kgfm, que se tornou mais econômica, com uma média declarada de frugais 13,5 km/l.
Equipamentos e preços
A inspiração no Panamera fica clara no interior, com um console em formato de "espinha de peixe" e saídas de ar verticais. O conforto também foi beneficiado pela introdução de um banco traseiro que pode ser deslocado longitudinalmente em até 16 centímetros e ter o encosto reclinado em até três posições. O revestimento em couro é de série, junto com sensores de estacionamento frontais e laterais, controle de cruzeiro, sistema de som com tela LCD de 7 polegadas sensível ao toque, bancos elétricos dianteiros elétricos ajustáveis em oito posições e trio elétrico.
A versão Turbo acrescenta suspensão a ar com controle dinâmico ativo, faróis de xenônio, rodas aro 19, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, sistema de comunicação com navegador GPS, som da conceituada BOSE, assentos aquecidos e pintura metálica.
O modelo começará a ser vendido na Europa no dia 8 de maio. Os preços sem impostos começam em 46.400 euros para o Cayenne básico V6 3.0, cerca de 114 mil euros. O valor sobe para 49.900 pelo turbodiesel de mesma litragem, o equivalente a R$ 123 mil. O S com motor V8 parte de 60.900 euros, R$ 150 mil, mas caso o comprador prefira a versão híbrida é necessário pagar 5 mil euros a mais, em um total de 65.900, R$ 162 mil em valores convertidos. Já o top de linha Turbo começa em 96.900 euros, o que dá R$ 239 mil, valor insuficiente para comprar um Boxster básico no Brasil.
Leia mais sobre outros lançamentos do Salão de Genebra
Audi A1.
Audi RS5.
Alfa Romo Pandion Concept by Bertone.
Bentley Continental Supersports Convertible.
Carlsson C25.
Citroën DS High Rider.
Citroën DS3 Racing.
Kia Sportage.
Lotus Elise 2011.
Mazda5.
Mazda6.
Mercedes-Benz F800 Style.
Mini Countryman.
Nissan Juke.
Opel Flextreme GT/E.
Opel Meriva.
Peugeot5.
Porsche 911 Turbo S.
Porsche 911 GT3 R híbrido.
Porsche Cayenne.
Protoscar Lampo².
Renault Mégane CC.
Renault Twingo CC.
Seat Ibiza ST.
Subaru Impreza XV.
Subaru Impreza Cosworth.
Volkswagen CrossPolo.
Volkswagen Polo GTI.
Volvo S60.