Da Armação dos Búzios (RJ)* - O 208 é a aposta da Peugeot no Brasil. Segundo a direção da montadora, é o modelo mais importante desde o lançamento do 206 no país em 1999 e já é o segundo carro mais vendido na Europa. Foram investidos cerca de R$ 800 milhões no desenvolvimento do carro, que usa a plataforma mais moderna do grupo PSA (Peugeot/Citroën). O Brasil é o terceiro país a fabricar o 208, que é produzido também na França e na Eslováquia. A estimativa é vender 2,5 mil unidades por mês no Brasil.
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O 208 tem a maior distância entre-eixos da categoria. Apesar de a plataforma ser a mesma do novo C3, são 8cm a mais do que o Citroën. Essas plataformas podem ser aumentadas ou diminuídas conforme o projeto. Visualmente, o 208 rompe com o tradicional bocão da Peugeot e os faróis espichados. E o resultado agrada. As linhas são atraentes e harmônicas. O senão em praticidade é a caída do teto no sentido da traseira. Se há bom espaço para as pernas, ocupantes de 1,80m de altura esbarram a cabeça nas versões com teto panorâmico de vidro, que toma espaço. E o teto só não equipa a versão de entrada, a Active.
DENTRO Chama a atenção o volante de diâmetro menor em relação aos convencionais. E a posição do motorista é um dos apelos do carro, que é feito para quem gosta de dirigir, pois se assemelha à de um kart. Acima do volante está o quadro de instrumentos, que mescla analógicos e digitais. Para visualizar toda a parte inferior do quadro faz-se necessário colocar o volante, que tem regulagem de altura e distância, na posição mais baixa. A direção elétrica regressiva, que fica mais pesada à medida que a velocidade aumenta, completa o conjunto. A pedaleira está alinhada com o volante. E o motorista fica à vontade. O interior é bem acabado. Os plásticos do painel central são duros e os arremates, benfeitos.
DINÂMICA A calibragem da suspensão do 208 é incrível, o carro tem comportamento dinâmico excelente nas curvas, mudança abrupta de faixa e absorve bem as imperfeições do solo, evitando a transferência incômoda para o habitáculo. Mesmo na versão 1.6, que tem pneu de perfil mais baixo (195/55 R16) do que as com motor 1.5 (195/60 R15). A altura do solo foi aumentada em 1cm em relação ao europeu. O desempenho e baixo consumo do motor 1.5 fazem das versão Allure a mais interessante. Segundo a Peugeot, 50% das vendas vão se concentrar nela. Os 50% restantes serão distribuídos entre a de entrada e as Griffe 1.6 com câmbio manual ou automático, de quatro marchas.
O sistema multimídia com muitas funções – telefonia, som, navegação, USB – só não equipa a versão de entrada. O porta-malas tem capacidade de 285 litros e o estepe fica dentro do porta-malas, em vez de sob o assoalho, como no 207. O 208 começa a ser vendido a partir de 13 de abril. A garantia é de três anos, sem limite de quilometragem.
O conjunto está muito bem acertado, e se carro vende pela beleza das linhas o 208 tem tudo para repetir no Brasil o sucesso de mercado que faz na Europa. Não é exagero afirmar que é o melhor Peugeot feito no Brasil. Aliás, a marca garante que o material da estrutura do carro feito no Brasil é o mesmo do modelo europeu.
(*) O jornalista viajou a convite da Peugeot do Brasil.
Quanto custa
Active 1.5, R$ 39.990; Allure 1.5, R$ 45.990; Griffe 1.6 16V, R$ 50.690 e automática, R$ 54.690.
FICHA TÉCNICA
» MOTORES - 1.5 Flex, de 89cv (gasolina) e 93cv (etanol); ou 1.6 Flex,
de 115cv (gasolina) e 122cv (etanol)
» CÂMBIOS - Manual, de cinco marchas; ou automático, de quatro
velocidades.
» Dimensões (metros) – Comprimento, 3,97; largura, 1,70; altura,
1,47 e distância entre-eixos, 2,54.
» Capacidades (litros) – Porta-malas, 285; tanque, 55