O Papa Francisco fez mais uma declaração envolvendo a igreja o mundo automobilístico. Dessa vez, o pontífice recomendou aos padres que evitem ter carros do ano, preferindo modelos mais simples. A diferença, na opinião do líder religioso, poderia ser investida em obras sociais.

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"Digo realmente a vocês que me sinto mal quando vejo um sacerdote ou uma religiosa com um carro chique. Não pode ser assim! Reconheço que o carro seja necessário, pois nos ajuda a nos mover com facilidade. Comprem um carro mais simples. E se você gostou do carro bonito, pense nas muitas crianças que morrem de fome. Somente isso”, disse o Papa no último sábado, num encontro com seminaristas, noviços e noviças no Vaticano.

Reconhecido como religioso de hábitos simples, enquanto arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio era frequentemente visto no metrô e ônibus na capital argentina. Mesmo ao assumir o posto máximo da Igreja Católica, ainda mantém simplicidade.

Na semana passada, o Papa recebeu da Mercedes-Benz as chaves do novo “papamóvel”, que será utilizado na visita ao Brasil neste mês, na Jornada Mundial da Juventude. Feito exclusivamente para o pontífice, o carro é baseado no SUV Classe M e substituiu o anterior de 2002. O papamóvel tem vidro blindado e é capaz de suportar até ataque com granadas. Na mesma ocasião, o papa ganhou ainda uma bicicleta Smart e-bike.

Em outra relação com o mundo dos veículos, Papa Francisco abençoou motos da Harley Davidson em 18 de junho em Roma. O grupo de motoqueiros europeus comemorou os 110 anos da marca com uma viagem até o Vaticano.

A relação dos papas com veículos motorizados começou em 1907, quando o Papa Pio X ganhou um carro do arcebispo de Nova York. Desde 1930, a Mercedes-Benz oferece os veículos oficiais do papa. O modelo atual é o mesmo presenteado ao papa-emérico Bento XVI em 2012, que não teve tempo de estreá-lo Atualmente, os carros que foram dos pontífices antecessores de Francisco ficam exibição no Museu do Vaticano.