O ano de 2012 foi pra lá de especial para o mercado automotivo nacional. Foram mais de 40 lançamentos (incluindo importados) para os mais diversos gostos e bolsos. Modelos que há muito tempo não mudavam de visual passaram por completa transformação. Veteranos campeões de vendas se adaptaram à nova realidade da concorrência com os asiáticos. E novidades entre os carros de entrada chegaram para ficar e mudar para melhor o parâmetro de acabamento no Brasil.
Nunca o brasileiro teve tanta opção de compra, o que é bom pelo lado da concorrência, mas que gera muita dor de cabeça na hora de escolher qual o melhor. Nessas horas é bom recorrer aos especialistas. Ao longo do ano, o Vrum mostrou em detalhes todos os lançamentos do nosso mercado pelos quatro cantos do Brasil - e até pelo mundo afora.
Depois de testar, avaliar e passar para os leitores todas as informações sobre os mais variados tipos de carro, chegou a hora de eleger os melhores do ano. Aqueles que nasceram ou se transformaram em 2012 e que causaram grande impacto no mercado.
Para não ter que escolher apenas um modelo como sendo o "Escolhido", fizemos uma seleção com os segmentos que tiveram maior movimentação de lançamentos e chegamos a oito modalidades: picape, SUV grande, SUV compacto, sedã grande, sedã compacto, hatch compacto, compacto de entrada e compacto premium.
Mesmo sem o lançamento de um novo modelo para dividir o mercado, o segmento de picapes no Brasil passou por uma grande transformação neste ano. Os principais concorrentes se renovaram, criando um novo patamar para os utilitários. O que antes era um veículo basicamente comercial, comprado pelo cliente que visava a funcionalidade, agora passa a ser até um veículo para o dia a dia, aliando conforto e tecnologia ao trabalho. Entre os lançamentos de 2012, o modelo que melhor soube fazer essa adaptação foi a Ranger.
A nova geração da picape da Ford tem agora o motor a diesel mais potente da categoria (200 cv) e muitos equipamentos de série que nas rivais aparecem apenas como opcionais.
Outro utilitário que "gritava" por uma renovação era a guerreira Blazer. A transformação foi tão intensa que a Chevrolet resolveu dar um "upgrade" até no nome do SUV, que agora atende por Trailblazer. Não há mais nada que identifique a nova geração do utilitário com aquela versão que ficou caracterizada como camburão da polícia.
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A Trailblazer é puro requinte e força. O que pega no renovado SUV é o preço. O modelo chegou apenas na versão topo de linha (LTZ) e duas opções de motor: 3.6 V6 a gasolina de 239 cv (R$ 145.450) e 2.8 turbodiesel de 180 cv (R$ 175.450).
O renascimento do Fusion ocorreu em um momento oportuno para o sedã da Ford. Isso porque o segmento dos grandes três volumes estava sendo facilmente dominado pelos sul-coreanos da Hyundai (Sonata e Azera). A nova geração do modelo norte-americano se transformou em todos os sentidos, desde o desenho até a motorização.
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O motor, aliás, é um dos destaques do sedã. O Ecoboost 2.0 turbinado de 240 cavalos deixou o gigante que tinha fama de beberrão agora mais econômico. Era o que faltava para que o Fusion fosse escolhido como o melhor de seu segmento neste ano.
O segmento que foi mais "bombardeado" por novidades em 2012 foi o dos hacths compactos. Três grandes montadoras (Hyundai, Toyota e Chevrolet) lançaram novos modelos - todos fabricados no Brasil - que fizeram muito barulho e estão deixando muito consumidor com dor de cabeça no hora de escolher um carro na casa dos R$ 30 mil. Dos três, o Etios (Toyota) é o que causou menos empolgação no mercado.
Já o Chevrolet Onix e o Hyundai HB20 poderiam dividir o "prêmio" de melhor lançamento de 2012. Mas nada se compara ao frisson que o sul-coreano causou em seu nascimento. Isso se reflete numa fila de espera que ultrapassa os 90 dias para algumas versões.
Assim como aconteceu com os hatchs compactos, o segmentos dos sedãs menores também registrou muitas novidades em 2012. Mas o destaque ficou para o Grand Siena. O três volumes da Fiat cresceu não só no tamanho da carroceria, como também passou a ter acabamento bem melhor do que a versão de entrada, denominada de Siena EL.
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O motor 1.6 16V de 115 cv de potência é esperto e econômico, principalmente se casado com o câmbio manual e não o Dualogic (automatizado).
Avaliado recentemente pela nossa equipe, a versão quatro portas do A1 conseguiu agregar elementos capazes de agradar aos mais diversos perfis. É um carro premium no acabamento, tecnologia e segurança; é puxado pelo motor 1.4 turbinado casado com o eficiente câmbio automatizado de dupla embreagem e sete velocidades; e ainda é puro charme com seu design compacto e de pegada esportiva.
Sua faixa de preço o deixa com poucos concorrentes no Brasil. Apenas o Citroën DS3 (R$ 79.990) e o Mini One (R$ 79.950) têm cacife para brigar com o pequeno alemão.
O líder de vendas no Brasil há 25 anos teve que dar um passo atrás para tentar impedir o avanço dos novos concorrentes. Não que o Gol tenha ficado pior. O passo atrás, nesse caso, foi um retorno às origens com a chegada da versão duas portas do Gol G5 (Geração 5).
Com essa "jogada", a Volks pôde oferecer uma versão mais barata do que os modelos de entrada dos rivais, sem perder os atributos que fazem do hatch um dos maiores sucessos de vendas da história.
Nunca um lançamento de um automóvel foi tão "esticado" como o do EcoSport. A Ford começou a mostrar o carro nos primeiros dias de janeiro e, até alguns dias atrás, ainda lançava versões do jipinho mais famoso do país. A nova geração do Eco está causando a mesma "revolução" que a primeira causou em 2003, quando inaugurou o segmento dos SUVs compactos no Brasil.
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Com design ousado, novas motorizações e muitos itens de série, o jipinho baiano freiou o avanço do franco-romeno Duster, da Renault.