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Opel prepara novo conceito para Genebra

Batizado como Flextreme GT/E, o híbrido conta com desenho ultra-aerodinâmico e o mesmo sistema motriz do Chevrolet Volt

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A tecnologia de veículos híbridos tem evoluído a passos largos, o que já abre espaço para derivações. É o caso do conceito Flextreme GT/E criado pela Opel para o Salão de Genebra, com início marcado para o próximo dia 2 de março. O médio-grande abusa das linhas futuristas, com uma carroceria em formato de hatchback, um estilo popular na Europa mesmo entre os modelos maiores. Mas o principal destaque está na forma de propulsão, a mesma utilizada pelo muito aguardado Chevrolet Volt.

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Trata-se de um sistema híbrido em que um propulsor 1.4 de 72 cv a gasolina atua apenas para recarregar as baterias de íons de lítio. O carro é impulsionado por um motor elétrico de 163 cv de potência e 37,7 kgfm, capaz de levar o conceito de zero a 100 km/h em 9 segundos e empurrá-lo até os 200 km/h. A autonomia máxima rodando apenas com energia elétrica é de 60 km e a recarga completa do conjunto de baterias ? instalado no túnel central e abaixo dos bancos traseiros ? leva apenas três horas em uma tomada doméstica ? de 230 volts. Com o uso do motor a combustão, a autonomia pode chegar aos 500 km, com um consumo projetado de 61,9 km/l. As emissões ficam em torno de 50 g de CO2 (dióxido de carbono) por quilômetro rodado.

Preocupação aerodinâmica

O conceito surpreende pelas formas fluídas, que permitem um coeficiente de penetração de apenas 0.22. O porte é bem superior ao do Volt e do conceito Opel Ampera ? a versão europeia do híbrido da Chevrolet. São 4,76 metros de comprimento (26 cm a mais que o Volt), com 1,87 m de largura e apenas 1,30 m de altura. O entre-eixos de 2,90 m deixa antever um bom espaço para os quatro passageiros, que contam ainda com portas traseiras retráteis, semelhantes às adotadas pelo novo Meriva. O habitáculo é iluminado pelo amplo painel central de vidro no teto, que conta com vidro adaptativo, capaz de escurecer sob o sol e se tornar mais claro em ambientes mais escuros.

Em busca de uma melhor penetração aerodinâmica ? o Cx é de apenas 0,22 ?, o Flextreme GT/E conta com uma dianteira de linhas limpas, ainda que agressivas. Neste intento, a Opel instalou painéis que são estendidos atrás dos arcos das rodas traseiras. Com 35 centímetros de comprimento, esses dispositivos são acionados em velocidades superiores a 48 km/h para guiar o fluxo de ar nas extremidades do carro e diminuir assim a turbulência.

A grade dianteira possui abertura para ventilação apenas na porção superior e ostenta uma barra cromada com o símbolo da Opel/Vauxhall, que esconde um soquete para a conexão do carro na rede elétrica. Os faróis em LEDs ficam incrustados nos para-lamas dianteiros. O perfil limpo é beneficiado pela ausência de maçanetas, substituídas por sensores, e de retrovisores, que deram lugar a microcâmeras na base das colunas dianteiras.  O cuidado com a aerodinâmica chega aos pneus 195/45, relativamente estreitos para as grandes rodas aro 21.

Painéis atrás dos arcos das rodas traseiras canalizam o fluxo de ar



A preocupação ambiental também atinge o peso, reduzido face o uso de materiais leves, como painéis da carroceria em fibra de carbono e policarbonato no lugar dos vidros. A plataforma é feita integralmente em alumínio. Comparado a um modelo feito em materiais convencionais, o Flextreme GT/E pesa 40% a menos. Quando se trata de buscar o menor consumo possível, todo cuidado parece pouco.