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Novo Audi A3 conversível terá motor 1.8 turbo e câmbio automatizado

Modelo é extremamente confortável para motorista e passageiro da frente, mas peca pela falta de espaço para quem vai atrás

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Confortável ao dirigir, o A3 responde bem quando o motor de 180 cv é acionado

De Salzburg, Áustria - A segunda geração do conversível, que chega ao nosso mercado no início deste mês por R$ 159.800, utiliza a plataforma do A3 quatro portas, mais comprida, portanto, que a anterior e que resultou num razoável porta-malas de 320 litros, que perde apenas 32 litros com a capota recolhida. A unidade avaliada tinha motor 1.4 TFSI, turbo e injeção direta, de 140cv. O importado terá o 1.8 TFSI de 180cv, que acelera até 100km/h em 7,8 segundos (9,1 segundos com o 1.4). O câmbio no carro testado era manual de seis marchas (só para europeu mesmo...), mas para o Brasil vem o automatizado S-Tronic (dupla embreagem) de sete velocidades.

 

Veja mais fotos do Audi A3 conversível

 

Consumo

O consumo foi reduzido nesta nova geração: rolando manso, sem deixar o ponteiro ir além dos 120, 130km/h – como convém a um conversível em belas paisagens –, chegou aos 20km/l. No trânsito urbano, o start/stop contribui para o bom resultado de quase 15km/l.

Tela

Interior é sofisticado e de bom gosto, legitimando a tradição da marca

O sofisticado sistema de “infotainment” MMI da Audi tem tela de sete polegadas retrátil eletricamente tipo “touch” que permite desde o ajuste do comportamento do carro (mais confortável ou mais esportivo) até a conexão com internet. Inicialmente complicada, a operação vai se simplificando a cada nova geração.

Cachecol

Escapamento duplo é sinônimo de esportividade

Esqueceu de abaixar (ou levantar) a capota ao sair de casa? O sistema eletro-hidráulico é totalmente automático, sem travamento manual e pode ser acionado até 50km/h, em cerca de 20 segundos. Quer curtir a paisagem nos dias mais frios? Abaixe a capota e ligue o “cachecol elétrico”: um bafo de ar quente na nuca vindo de difusores do alto dos bancos dianteiros...

Desconforto

Banco todo recuado elimina espaço para quem senta atrás

O A3 Cabriolet é extremamente confortável para motorista e passageiro da frente. Mas não passa de um 2%2b2 atrás, pela falta de espaço. Só mesmo para quebra-galho em distâncias curtas. Preciosos centímetros foram ocupados pelas placas metálicas de proteção no caso de capotamento, instaladas atrás do banco. Se o conversível ameaça capotar, elas se levantam, acionadas por molas, e resistem tanto quanto um teto convencional. Achei mais conveniente acreditar na competência da Audi e não testá-las...

Prazer

Dirigir o conversível é puro prazer. Não tem o comportamento de um esportivo nem é essa sua proposta, mas responde muito bem: o carro é rápido, mesmo com o motor 1.4, até porque seu peso foi reduzido em 50kg em relação ao antigo graças ao uso de alumínio em componentes mecânicos e até no capô. O projeto da carroceria privilegiou a rigidez da estrutura para ninguém sofrer com a falta do teto metálico. O carro não treme, não balança e nem se percebe estar ao volante de um sem teto.

As rodas do 1.4 são de aro 17” e os pneus 225x45 não chegam a comprometer o conforto. A suspensão Mc Pherson na dianteira e fourlink na traseira permite a qualquer motorista arriscar travessuras mesmo em estradas mais sinuosas, sem passar susto – nem assustar os passageiros pois, além do controle eletrônico de estabilidade, tem também diferencial autobloqueante.