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Nova rodada em outubro

Fabricantes atribuem falta do selo ao fato de o programa estar em fase inicial. Para aderir à próxima etapa, é preciso inscrever pelo menos 50% dos modelos para testes

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Para o engenheiro Carlos Henrique Ferreira, da Fiat, essa primeira fase do programa foi mais experimental. ?Foi importante entrar até para entendermos melhor a metodologia usada. Muitos detalhes técnicos agora serão padronizados?, diz. Ele explica que os veículos da Fiat não passaram a receber o selo porque os parâmetros de comparação ainda são muito pequenos. O Uno Mille, por exemplo, também recebeu A, mas foi testada apenas a versão Way, não fazendo sentido que somente esta recebesse a etiqueta. Ao contrário do Uno, o novo Palio, tanto nas versões 1.4 quanto 1.8R, se saiu mal, com conceito E, o que o engenheiro atribui ao pequeno parâmetro de comparação. "A classificação é de acordo com a amostragem. Havia poucos veículos dessa categoria. Então ainda não dá para dizer que é uma classificação definitiva", afirma.

Para Carlos Henrique, depois da segunda ou terceira fase que o programa deve engrenar e é interesse da Fiat continuar participando. O mesmo garante Alli, em relação à Kia. Já a GM enviou comunicado aos concessionários, dizendo que no mês que vem deverá decidir se amplia ou não sua participação no programa. À reportagem, a marca, que não se saiu bem nos testes, apenas informou que ainda não tomou decisão sobre a colocação da etiqueta. A Honda também não disponibiliza a etiqueta, mas reforçou que a participação no programa reflete o compromisso de transparência com o consumidor.

Na Volkswagen, o gerente do laboratório de emissões e teste de motores , Henry Joseph Júnior, informou que a marca tem todo o interesse em continuar no programa, sendo muito favorável à iniciativa. Ele explicou que as etiquetas ainda não foram adotadas pelo fato de ter havido poucos modelos na primeira etapa e, consequentemente, uma pequena base de comparação. "Com a entrada de mais modelos na próxima fase, essa classificação pode mudar e ficamos com medo de que gerasse certa confusão para o consumidor", diz. Segundo ele, é provável que os selos passem a ser usados na próxima fase, mas não necessariamente em todos os carros.

O programa é renovado a cada ano, podendo os fabricantes que já aderiram aumentar (ou não) a participação com mais modelos, enquanto há chance de novas adesões. Mas para a nova rodada, é preciso que o fabricante que aderir inscreva pelo menos 50% de seus modelos. De acordo com o Inmetro, os novos resultados serão anunciados em outubro. Veja como se saíram os modelos já testados e o que pensam os consumidores.