Mais uma vez um carro nacional ficará mais desatualizado em relação à configuração europeia. A nova geração do Opel Meriva foi revelada na Europa. Enquanto a primeira geração do modelo, lançada em 2002, teve o estilo ditado pela General Motors do Brasil, o modelo atual adota a imagem da quarta geração do Corsa, bem diferente da versão brasileira. A nova Meriva, cujo lançamento oficial se dará no Salão de Genebra, em março próximo, se destaca pela solução das portas traseiras, em que a abertura invertida remete ao passado, em que as chamadas ?portas suicidas? eram mais comuns. Uma solução emprestada do conceito do modelo, apresentado no mesmo Salão de Genebra, em 2008.
Hoje em dia o recurso sobrevive em modelos como o Rolls-Royce Phantom, no Mazda RX-8 e picapes cabine estendida, embora o sistema do monovolume da Opel permita a abertura independente das portas posteriores. O ângulo de abertura das portas é 84º, uma promessa de melhor acesso em relação às portas convencionais, cujo ângulo de abertura médio fica entre 68º e 70º, segundo a marca.
Embora seja baseado sobre o Corsa, a Meriva toma emprestada a mesma linguagem visual do médio-grande Insignia, que dita o atual estilo da Opel. Para acentuar o recurso das portas com abertura invertida, o fabricante delineou um recorte na linha de cintura. De acordo com a marca, isso privilegia a visibilidade interna dos passageiros traseiros, em especial a das crianças, enquanto a iluminação é acentuada pelo teto em vidro.
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Embora não tenha divulgado fotos do interior do monovolume, a Opel adianta que o carro manterá o sistema modular FlexSpace, mas com aperfeiçoamentos. A modularidade fica explícita no arranjo dos compartimentos "porta-tralhas", que podem ser realocados entre os bancos ou em outros nichos. Embora não tenha divulgado maiores informações técnicas, o fabricante adianta que os passageiros serão beneficiados pelas maiores dimensões da Meriva, que conta com um entre-eixos mais generoso.
A gama de motores irá incluir seis opções, a gasolina e diesel, todas dotadas de turbocompressor e com potências entre 75 cv e 140 cv. A Opel adianta que o consumo de combustível e as emissões de CO2 serão 15% inferiores aos números da primeira geração. E que uma versão ecoFLEX, ultraeconômica e pouco poluente também será oferecida posteriormente. Tudo para enfrentar a nova geração de concorrentes, como o Honda Fit ? vendido na Europa como Jazz ?, Citroën C3 Picasso, que será produzido ainda em 2010 no Brasil, e Renault Modus, a versão monovolume do Clio de nova geração.