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Nova categoria promete alta velocidade e emisão zero de CO2

Está confirmada para 2014 a estreia da Fórmula E, disputada por monopostos movidos a energia elétrica, com o objetivo de divulgar e acelerar o desenvolvimento tecnológico

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O protótipo alcança 250km/h e acelera até 100km/h em três segundos, um desempenho semelhante ao dos carros da Fórmula 3


A Fórmula do futuro. Assim pode ser considerada a Fórmula E antes mesmo da estreia de seu primeiro campeonato, que está previsto para 2014. A razão é obvia. Se a Fórmula 1 vem sendo usada como laboratório para várias tecnologias que equipam os veículos de produção, a F-E assim será. E isso é um objetivo claro, na Fórmula E. Acrescente aí que a eletricidade é o futuro da mobilidde sobre rodas. À medida que os elétricos vão se sobrepondo aos veículos a combustão interna, a F-1 vai perdendo importância.

O CARRO

O monoposto que vem sendo usado para apresentações é o EF01, protótipo desenvolvido pela francesa Formulec em parceria com empresas do setor automotivo e de energia. A performance aerodinâmica do EF01 é assinada pela Mercedes Petronas, a equipe de Fórmula 1. O bólido alcança velocidade máxima de 250km/h, sendo capaz de acelerar até 100km/h em 3 segundos.




De acordo com a Formulec, uma performance semelhante a um veículo da Fórmula 3. A autonomia desse protótipo é de 20 minutos, e a recarga completa do pacote de baterias varia de uma hora a uma hora e meia. A partir das experiências com esse protótipo será produzido o EF02, que é o veículo que estará nas pistas em 2014. Os objetivos principais dessa segunda geração são a redução de custos do projeto, assim como o peso do veículo, a melhoria de uso em condições de corrida e a segurança.

A PROVA

Você deve estar pensando: “Legal, 20 minutos depois da largada os carros vão entrar nos boxes para o pit stop e eu terei que esperar uma hora e meia? Assim, nem precisa de alguém na pista para trocar cada pneu, dá até para acionar o seguro e esperar o socorro chegar”. Calma, não é bem assim. Alejandro Agag, CEO da Formula E Holdings, consórcio que está promovendo a categoria, explica que essa categoria terá suas particularidades.
Para começar, no pit stop os pilotos vão trocar é de carro. Isso, provavelmente, é reflexo de uma limitação técnica, já que não é tarefa muito simples a troca do conjunto de baterias. Porque não basta colocá-las num local acessível e de uma maneira fácil de ser retirada. Até mesmo por questões de segurança, elas devem ficar em locais seguros. Outra particularidade da Fórmula E é que tudo deverá ser feito no mesmo dia. A disputa pela pole position se dará por eliminatórias, com um carro correndo contra o outro.


Autonomia do EF01 é de 20 minutos na pista, mas a recarga dura uma hora e meia



A princípio, as provas serão disputadas por 10 equipes e 20 pilotos. Poderá participar do campeonato qualquer carro homologado como Fórmula E pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Justamente pela característica limpa dos veículos elétricos, a intenção é levar as provas da Formula E para o centro de grandes cidades. O Rio de Janeiro foi a primeira cidade a manifestar interesse de receber a prova. Focada nos jovens, essa categoria pretende ser emocionante e competitiva para fazer as pessoas acreditarem nos modelos elétricos.

No pit-stop, em vez de trocar a bateria e os pneus, o piloto é que muda de carro, uma limitação técnica a ser solucionada