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No frio, carro exige atenção especial na manutenção

Nem agasalho nem cachecol nem cobertor. Nos dias mais frios, seu carro precisa mesmo é que a bateria esteja em bom estado e que o sistema de partida a frio funcione legal

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No frio, carro exige atenção especial na manutenção
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

É claro que os veículos foram projetados para enfrentar qualquer tipo de temperatura, mas alguns problemas podem ocorrer com mais facilidade nos dias de temperaturas mais baixas. Com a queda nos termômetros, alguns sistemas e componentes são mais exigidos e se torna mais fácil a ocorrência daquele “choquinho” quando motorista ou passageiro encosta na carroceria do carro. Saiba como cuidar da manutenção e evitar esse incômodo.

DE ARREPIAR Uma das coisas mais desagradáveis no inverno é aquele “choquinho” que o motorista leva quando toca a carroceria. Esse choque é provocado pela carga acumulada no corpo, devido ao atrito da roupa com o tecido do banco. Por isso, ele não precisa movimentar o veículo para levar esse choque, basta que entre e saia do carro. Embora varie de 20 mil a 30 mil volts, a descarga é de baixa amperagem e, por isso, seu efeito é apenas um “arrepio”. Para reduzir ou evitar esse incômodo, o motorista deve tocar a carroceria (parte metálica) antes de colocar o pé no chão, pois, dessa forma, a carga acumulada será dividida entre seu corpo e a carroceria. Como esta é maior, grande parte da carga ficará sobre ela, e o motorista não sentirá um choque quando a carga restante em seu corpo for transferida, por contato, para outro objeto (o portão da casa, por exemplo).

As montadoras têm lançado mão de vários recursos para eliminar ou reduzir esse problema (como maçanetas internas cromadas e tecidos nos bancos que diminuem as possibilidades do choque), mas o uso de roupas de tecidos sintéticos e sapatos com solado de borracha facilitam o acúmulo de energia estática.

TAMBÉM ESQUENTA
Na época do frio, são poucos os motoristas que lembram de ligar o ar-condicionado pelo menos uma vez por semana. Isso é importante para evitar o ressecamento das mangueiras, para fazer o gás circular pelos dutos e prolongar a durabilidade do sistema. Aliás, muitos esquecem que o ar-condicionado é um sistema de climatização e que basta virar o controle para a área vermelha para usar o aquecimento e deixar o ambiente dentro do carro mais quente. O ar nos dias frios desembaça os vidros.

TANQUINHO
Não é à toa que o sistema chama-se partida a frio. E é no inverno, com somente etanol no tanque, que esse dispositivo é mais exigido. Por isso, não se esqueça de abastecer regularmente o tanquinho (na maioria dos carros, ele fica no compartimento do motor) com gasolina Podium, que mantém as propriedades por mais tempo. O motorista deve ficar ligado, pois quando a gasolina do reservatório está acabando, aquela luzinha amarela com o símbolo de uma bomba de combustível acende no painel.

PERDEU!
Outro abacaxi gerado pelo sistema de partida a frio é o fato de a gasolina ficar velha, ou seja, permanecer muito tempo no reservatório. Isso geralmente ocorre depois de um longo período de calor (mais de 90 dias) ou com aquele motorista que usa somente gasolina e que, de repente, resolve usar etanol – o sistema só entra em operação quando o tanque de combustível estiver com mais de 90% de etanol e a temperatura do motor abaixo de 16 graus, ou seja, se uma dessas condições não existir, ela não entra em cena. O problema acontece quando a gasolina do tanquinho perde o poder de queima e o motor não liga em temperaturas abaixo de 15 graus. Em alguns casos, é necessário levar o carro a uma oficina para limpá-lo.

EVITANDO A CHUPETA
Em qualquer época do ano, o sistema elétrico deve ser mantido em ordem, mas, nos dias mais frios, essa manutenção é mais importante, porque as temperaturas mais baixas tendem a diminuir a velocidade de reação dos componentes químicos da bateria e isso faz com que ela não consiga fornecer a mesma potência em relação aos dias mais quentes.

Além disso, no frio o motor exige mais da bateria para pegar de manhã, pois o combustível tem mais dificuldade para vaporizar ao entrar na câmara de combustão e pode demorar mais para pegar.Recomenda-se verificar sempre o estado da bateria, conferindo se não está na hora de trocá-la. O motorista deve lembrar que a partida é o momento de maior consumo de energia da bateria e o frio torna essa tarefa bem mais difícil para a bateria, já que os fluidos ficam menos viscosos, como o óleo do motor, e os componentes mecânicos apresentam folga menor. Por isso, é bom pisar sempre na embreagem para não exigir tanto do motor de arranque. Outra dica importante: evite utilizar o som por períodos prolongados com o motor desligado.

Se for necessário fazer a chamada “chupeta” (usar uma outra bateria para dar a partida), é preciso muito cuidado para evitar que os cabos se toquem e provoquem um curto-circuito, pois isso pode ocasionar a queima do módulo eletrônico, que custa caro. Também é importante conferir o estado das velas, pois, se elas estiverem gastas, dificultam a ocorrência da centelha e exigem mais do sistema elétrico.