Lançado originalmente em 1982, o Nissan Micra se destacou como um compacto de sucesso tanto nos mercados europeus quanto no seu país natal, o Japão, onde é conhecido como March. Com a quarta geração do hatch, a Nissan quer ampliar a base comercial do pequeno modelo. Segundo a marca japonesa, que opera em conjunto com a francesa Renault, foram levadas em consideração as preferências de consumidores de 160 países no projeto do carro. A escolha das plantas que irão fabricar o compacto também reflete o enfoque nos mercados emergentes: China, Índia, México - de onde virá ao Brasil - e Tailândia, onde o carro começará a ser vendido ainda este mês. Dentro da perspectiva de agradar a gregos e troianos, o novo Micra recebeu um estilo mais convencional, mas que manteve a assinatura do teto em arco do modelo anterior, lançado em 2002 no Salão de Paris.

A parte frontal conta com faróis arredondados e uma grande grade frontal afunilada, que é complementada visualmente pela grande entrada de ar trapezoidal. O perfil é despojado de elementos diferenciados. Já a traseira mantém a tampa do porta-malas em estilo escotilha, com um spoiler integrado, e recorre à lanternas verticais de aspecto quase que conservador.

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O Micra estreia uma nova plataforma, batizada como plataforma V, que inaugura uma nova base para os compactos do grupo franco-nipônico. A antiga plataforma B é utilizada por variados modelos de ambas as marcas, como o Renault Clio europeu, os Dacia/Renault Logan e Sandero e pelo Nissan Livina.

Sob o capô, o Micra guarda outras novidades. Que começam sob a forma de um novo três cilindros 1.1 equipado com variador de abertura das válvulas. O pequeno bloco rende respeitáveis 80 cv de potência e 11 kgfm de torque, bons valores para um motor aspirado. Há também uma opção 1.2 com compressor mecânico e injeção direta de combustível, capaz de entregar 98 cv e 14,4 kgfm de torque. Tudo com emissões reduzidas de apenas 95g/km de CO2 - dióxido de carbono -, excelente para um veículo a gasolina.

O propulsor maior conta na Europa com o auxílio do sistema start/stop (que desliga o propulsor em paradas no trânsito e o liga ao se acelerar) para proporcionar uma economia de um motor de 1.0, garante a marca. Ambos são conjugados de série a um câmbio manual de 5 marchas, com opção de uma caixa automática do tipo CVT, de variação contínua.

Internamente, o painel se destaca pelas formas com motivos circulares, que tomaram conta até mesmo do ar-condicionado, com controles dispostos de maneira criativa. O painel também foi inspirado na mesma forma. O Micra vem de série com sensores de estacionamento traseiros, que medem também o espaço disponível na vaga e a classifica nos níveis amador, normal ou expert.

Ainda há equipamentos como acesso remoto sem necessidade da chave, sistema de som integrado ao GPS com tela sensível ao toque, sensores de chuva, entre outros. Na Europa, o compacto será equipado de série com freios ABS, controles eletrônicos de tração e de estabilidade e seis airbags - frontais, laterais e do tipo cortina. Mas a marca não adiantou se nos outros mercados estes itens vitais serão oferecidos como opcionais. Países emergentes em primeiro lugar, mas nem tanto.

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