Rodar com o nível do óleo do motor muito baixo pode levar o motor a fundir, sendo necessário uma retífica, que vai resultar em bom desfalque na conta bancária. Fique atento para evitar que o propulsor do seu carro ‘vá para o espaço’.
No posto
Embora seja um hábito da grande maioria dos motoristas brasileiros, que aproveitam o momento do abastecimento para pedir ao frentista para conferir o nível do óleo, esta não é a melhor opção para a verificação. Primeiro, porque o motor do carro pode não estar frio o suficiente para que o óleo desça totalmente para o cárter e, depois, porque dá margem a medições equivocadas e a ações de alguns frentistas inescrupulosos.
Motor frio
Segundo o perito em lubrificantes automotivos, Remo Lucioli, para se ter uma boa margem de segurança, o melhor é medir o nível do óleo no mínimo uma hora depois que o motor foi desligado. Por isso, ele recomenda que o motorista crie o hábito de conferir o nível pela manhã, antes de ligar o motor, uma vez por semana.
Estopa? Jamais!
O motorista deve conferir o nível do óleo em sua garagem, mas deve-se observar se ela é plana, pois se for inclinada, a leitura do nível pode ser equivocada. Ao retirar a vareta, não é recomendado limpá-la com estopa (que solta fiapos) e sim com pano ou papel, para depois enfiá-la novamente no cárter e novamente fazer a verificação do nível.
Leitura da vareta
Toda vareta tem duas marcas: máxima e mínima. Se o nível estiver entre elas, não é necessário repor. Mas deve-se tomar o cuidado de repor o óleo se o nível estiver muito próximo da marca ‘MIN’. Qual o volume de reposição? Para que se tenha uma idéia da quantidade de óleo necessária, a distância entre as marcas ‘MÁX’ e ‘MIN’ escritas na vareta representam de 500ml a 700ml nos cárteres com volumes de até cinco litros; e de 700ml a um litro nos cárteres com volumes de cinco a dez litros (veja tabela de alguns carros).
Golpes
Os frentistas são profissionais corretos, mas alguns agem de forma inescrupulosa e, por exemplo, colocam o dedo na vareta de óleo, para evitar que ela vá até o fundo do cárter, e, em seguida, mostrar para o cliente que o nível do lubrificante deve ser completado. Além disso, alguns colocam um pouco de óleo entre os dedos dizendo que a viscosidade já não é a ideal e que está na hora de trocar o lubrificante. Não existe esse tipo de teste! Portanto, fique ligado!
Problemas
Se o óleo colocado no motor ultrapassar a capacidade máxima do sistema de lubrificação, o motorista vai perceber logo, pois o motor do carro, após rodar alguns quilômetros, vai começar a falhar. É que o excesso de óleo vai molhar os pólos da vela e atrapalhar a ignição. Nesse caso, procure imediatamente uma oficina para corrigir o nível e limpar (ou trocar) as velas. A longo prazo, o excesso provoca o acúmulo de óleo nos bicos injetores, entupindo-os devido à carbonização. Se o nível ficar abaixo do ‘MÍN’, a luzinha do painel vai acender e o motor vai ficar sem lubrificação, vindo a travar (ou fundir, na linguagem popular), pois o óleo tem as funções de lubrificar e refrigerar os componentes internos do propulsor.
Capacidades de volume do cárter | |
Fiat Uno Mille 1.0 Fire (l) | 2,7 |
Fiat Palio 1.0 Fire (8 ou 16 válvulas) (l) | 2,7 |
Ford Fiesta (novo) 1.0 Rocam (l) | 3,4 |
Ford Fiesta (novo) 1.6 Rocam (l) | 3,4 |
Chevrolet Corsa (novo) 1.0 (l) | 3,5 |
Chevrolet Corsa (novo) 1.8 (l) | 3,5 |
Volkswagen Gol 1.0 AT (3ª Geração) 8 e 16 válvulas (l) | 3,3 |
Volkswagen Gol 1.6 e 1.8 (qualquer um) (l) | 3,5 |