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Mini Cooper - Quando menos vira mais

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Menos é mais, diriam os minimalistas. E a Mini parece ter ouvido esse mote desde o início, já que o seu carrinho minimalista para as massas virou hit entre os mais despojados (de espírito, claro) até hoje. Só que o minimalismo ficou só no conceito, já que o hatch deu um bom caldo, rendendo outros carros derivados. Aproveitando que a Mini planeja uma nova onda de lançamentos, a coluna Rolimã mostra alguns dos derivados do Mini que fizeram sucesso nos últimos 53 anos e o que está por vir.

MINI MESMO
O pequeno modelo foi lançado originalmente em 1959 pela British Motor Corporation (BMC), que nasceu pela fusão das inglesas Morris e Austin. As duas adotavam nomes diferentes. O Morris era apenas Mini-Minor, enquanto a Austin batizou o carrinho de Seven. O Mini surgiu do gênio criativo de sir Alec Issigonis, que pensou no carro de apenas 3,05 metros (35cm a mais que um Smart Fortwo) com motor transversal e suspensão que usava elementos de borracha no lugar de amortecedores. As rodinhas aro 10 polegadas davam o tom ainda maior de brinquedo, o que um amigo de Issigonis, John Cooper, logo ajudou a desfazer.



TRABALHADOR O lançamento do furgão derivado do modelo, denominado Mini-Van, deu início à família. O modelo, construído sobre chassi alongado, tinha capacidade de carga de 250kg e não tinha janelas laterais. Curiosamente, a Mini vai mostrar ao longo desta semana, no Salão de Genebra, o Clubvan, conceito de furgão feito a partir da perua Clubman.


SHOOTING-BRAKE
A Mini não classifica a Clubman como perua. Marca premium que se tornou, prefere se referir ao modelo como um shooting-brake, denominação dada aos antigos cupês convertidos em peruas de caça. Essa classificação soa um tanto forçada. As peruas do Mini original foram lançadas em 1960 pelas duas marcas: Austin Countryman e Morris Mini-Traveller. Tinham o chassi alongado do furgão, que rendia o comprimento de 3,40m.



PRAIANO Outro modelo do passado que atualmente foi apresentado apenas como conceito é o Mini Moke, de 1963. O modelo era uma espécie de bugue derivado do antigo Mini. O mini Moke inspirou o estudo Mini Beachcomber, mostrado no Salão de Detroit de 2010, que foi trabalhado a partir do crossover Countryman. Esse último de gosto duvidoso, já que mantém muito fiéis os traços do Mini atual, como um Mini que devorou um monte de fermento. Mas fez sucesso e ficará ainda maior na nova geração prevista para 2015.




PICAPINHA Um membro da família Mini original que ainda não foi mostrado sob a nova roupagem é a picape. O utilitário se chamava Mini Pick-up e começou a ser produzido em 1961, também sobre a plataforma alongada. Outra que ainda não existe nos dias atuais é a carroceria sedã. Mas em 1961 foram construídos modelos de três volumes com forte apelo luxuoso. A empresa Wolseley batizou seu sedan derivado do Mini como Hornet, enquanto o da Riley se chamava Elf. Ambos tinham 3,30m de comprimento e entre-eixos de 2,04m. Para um carro que é caro até nos Estados Unidos, onde tem preço de muscle car, a versão operária parece que vai ficar no passado.



42 ANOS DEPOIS O Mini ressurgiu em 2001 com credenciais de peso: o projeto era tutelado pela nova dona da marca, a BMW, famosa pelo ajuste esportivo de seus carros. Só que não fazia jus ao nome Mini, afinal, com 3,72m, o retrô era quase um full-size perto do original. Será que é por que as pessoas cresceram no período?

SIGLA QUENTE Atualmente, a versão mais quente do Mini é a
John Cooper Works, disponível em várias carrocerias, pimenta que fica gravada no estilo do modelo em rodas e faixas esportivas, além do desempenho diferenciado. John Cooper, amigo de Alec Issigonis (o cara que projetou o carrinho), era projetista de veículos, tinha ligações com a Fórmula 1 e o mundo dos ralis. Foi ele quem viu potencial no Mini e estimulou a BMC a fabricar a versão vitaminada em 1961, denominada Austin Mini Cooper e Morris Mini Cooper.



LETRA MÁGICA Em 1963, foi lançado um Mini Cooper ainda mais bravo, acrescentado da letra S. Foi essa versão que fez bonito nos ralis, faturando o de Monte Carlo por três vezes, fora outros tantos êxitos Europa adentro. Agora, em 2012, o Mini voltou às provas, curiosamente com a carroceria crossover Countryman WRC.


NOVIDADES Já uma carroceria recente que não fez parte da família original é a cupê. O Mini Coupe traz apenas dois lugares , assim como o Mini Roadster, o último lançamento da marca, que traz todo o charme do Mini Conversível com requintes de esportividade. O futuro Paceman também não faz parte do cardápio antigo.