O Mercedes-Benz SLR McLaren dirigido por Thor Batista na noite em que ele atropelou e matou um ciclista na BR-040 próximo a Xerém (RJ), estava a 135 km/h, segundo o inquérito que será entregue ao Ministério Público nesta segunda-feira (14).
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Além da velocidade acima dos 110 km/h, o máximo permitido na via, testemunhas afirmaram que Thor fez manobras arriscadas com a McLaren ao dirigir em zigue-zague. Pouco antes de atingir o ciclista, o estudante havia ultrapassado um ônibus pela direita, o que é proibido por lei. Segundo os advogados de Thor Batista, uma perícia particular contratada pela família constatou que a velocidade do esportivo no momento do acidente estava entre 87,1 e 104,4 Km/h.
Avião da Mercedes-Benz
O modelo guiado pelo filho do empresário Eik Batista é produzido para a Mercedes-Benz pela McLaren e é considerado o avião da marca alemã devido ao conjunto de alto desempenho e componentes usados também na indústria aeronáutica. O bólido já foi testado pelo Vrum nas famosas autobhans da Alemanha. Com a carroceria toda em fibra de carbono, um motorzão preparado pela divisão esportiva AMG, (V8 de 5.4 litros, ajudado por um compressor) que desenvolve 626 cv, o SLR McLaren chega aos 100km/h em apenas 3,8 segundos. A vantagem do compressor (em vez do turbo) é que o torque está disponível desde a marcha-lenta. Em qualquer rotação, pisar fundo com o pé direito vale um empurrão contra o encosto. O câmbio é automático de cinco marchas e também dá ao motorista opções de desempenho.
Com um propulsor tão nervoso, que pode levar o carro aos 330 km/h, o sistema de freios do superesportivo tem que estar no mesmo nível. Para parar o Mercedes-Benz SLR, que acelera quase como um F-1, é preciso, além de discos e pinças enormes, um verdadeiro flap na tampa traseira. É só encostar o pé no pedal que ela estanca. E não são apenas os quatro discos enormes (com cerâmica na dianteira) e pinças gigantescas (oito pistões na frente, quatro atrás). Em velocidades maiores, entra em ação o freio aerodinâmico: uma asa que se levanta da tampa do porta-malas igual ao flap de um avião pousando.
Valores
Com o fim da união entre a Mercedes-Benz e McLaren, o SLR deixou de ser produzido no fim de 2009. Na época, o modelo era vendido na Europa por 500 mil euros e no Brasil, era importado pela Mercedes por R$ 2,8 milhões.
Em 2008, o jornalista Boris Feldman testou a SLR McLaren na Alemanha. Assista no vídeo abaixo:
Com informações de Boris Feldman