De São Paulo - Influenciado pela febre dos SUVs, o Mercedes-Benz GLA abandona sua pegada de crossover e, com a chegada de sua meia-vida, marcada por esta reestilização, assume um jeitão mais SUV. Um dos seus rivais, o BMW X1, fez este mesmo caminho de forma mais drástica ao mudar de geração. Lançado mundialmente em 2014, o modelo é de grande importância para a marca. No Brasil, o GLA é o segundo modelo mais vendido da Mercedes-Benz.
As mudanças visuais foram pensadas para aumentar o caráter SUV, com a adoção de uma nova grade (inspirada no GLS), um para-choque dianteiro com grandes aberturas de ventilação e aplique central na parte inferior, para-choque traseiro com vincos mais pronunciados e um protetor. A suspensão off-road, 3cm mais alta, agora equipa toda a linha, com exceção da versão AMG, que é 4,5cm mais baixa.
O conjunto óptico evoluiu e também contribui para reforçar a proposta de utilitário-esportivo. Os faróis foram redesenhados e deixaram de ser bixenônio e passando a ser de LED a partir da versão Advance. As lanternas com LEDs também têm novo desenho e ganharam a tecnologia Stardust, como no Classe E, que oferece três níveis de luminosidade, conforme cada situação. Uma barra horizontal liga as lanternas e amplia a percepção de largura e volume do veículo. As versões Advance e Enduro trazem novas rodas, com design mais robusto.
O interior não tem grandes novidades, além das novas cores e acabamentos para as versões com denominação 200. No painel de instrumentos, os mostradores têm ponteiros vermelhos. Os comandos para ajuste dos bancos ganharam novo estilo, o painel tem novas teclas cromadas e os anéis das aberturas de ventilação estão levemente mais robustos. A conectividade foi incrementada com espelhamento do smartphone para sistemas Android e iOS.
MOTORES Sob o capô, sem novidade, o que não é uma má notícia. As versões mais brandas, com denominação 200, trazem motor 1.6 flex, com turbo e injeção direta de combustível, de 156cv de potência e 25,5kgfm de torque. A versão com denominação 250 usa motor 2.0 turbo, a gasolina, de 211cv e 35,7kgfm. Os dois motores trabalham junto com câmbio automatizado de dupla embreagem. A versão nervosa do compacto também tem motor 2.0 turbo de 381cv e 48,4kgfm. As suspensões são tipo McPherson na dianteira e multilink na traseira. A direção tem assistência elétrica.
CONTEÚDO A versão de entrada 200 Style (R$ 158.900) conta com airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho, controles de tração e estabilidade, sensor de chuva, câmera traseira, freio de estacionamento elétrico, rodas de 18 polegadas, pneus runflat, ar-condicionado automático, keyless-go para partida e sistema de áudio. A seguir, o GLA 200 Advance (R$ 175.900) acrescenta sistema multimídia, assistente de estacionamento, banco do motorista com ajustes elétricos e faróis com LEDs.
Já a versão 200 Enduro (R$ 203.900) soma faróis de neblina, teto solar panorâmico, ar-condicionado de dupla zona e aquecimento nos bancos dianteiros. O GLA 250 Sport (R$ 232.900) recebe kit visual AMG, rodas de 19 polegadas, banco do passageiro com ajustes elétricos, acionamento elétrico da tampa do porta-malas e retrovisores eletricamente rebatíeis. O Mercedes-Benz AMG GLA 45 4MATIC (R$ 359.900), o bravinho, tem escapamento, volante e suspensão esportivos, rodas de 20 polegadas, cintos de segurança vermelhos, farol alto adaptativo e pinças de freio vermelhas.
Dirigimos o GLA 200 Advance. A interação entre o motor 1.6 turbo e o câmbio automatizado é harmônica, e o conjunto conduz o veículo sem sofrer. A suspensão privilegia a estabilidade, mas também dá conforto aos passageiros. O visual do interior é jovial, combinando tecido e couro nos bancos. O espaço interno é bom e o porta-malas tem boa capacidade, com seus 421 litros.
* Jornalista viajou a convite da Mercedes-Benz