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Meio-fio - Não bobeia que esbarra

Motorista desatento, que não toma cuidado ao estacionar ou manobrar o carro, corre o risco de causar danos à suspensão, motor, calotas, rodas, pneus, amargando prejuízo

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É preciso observar a altura do meio-fio para não danificar a parte inferior do veículo

Alguns motoristas têm verdadeira atração pelo meio-fio. Na hora de estacionar ou manobrar, eles não perdoam e acabam raspando as rodas ou espremendo os pneus contra o meio-fio. Há também aqueles que entram com a frente do carro no meio-fio, raspando a parte inferior do pára-choque ou até mesmo amassando o peito de aço. Assim vão se somando os prejuízos, que podem ser evitados se houver um pouco de atenção. Veja algumas dicas.

Zeloso
Existe aquele motorista que peca por ser muito certinho. Ele quer estacionar o mais perto possível do meio-fio, para evitar que o carro invada a pista e seja atingido por outro veículo que passa, quebrando o retrovisor, por exemplo. Em parte, ele tem razão, mas não precisa exagerar. Ao tentar aproximar do meio-fio, muitas vezes as rodas esbarram e ficam arranhadas ou amassadas. Se for roda de liga leve, o arranhão pode ser resolvido com polimento, mas se ocorrer uma batida pode provocar uma trinca interna e aí não há recuperação. As rodas de aço podem ficar amassadas, comprometendo o balanceamento. As calotas são as que mais sofrem e normalmente arranham de tal forma que ficam irrecuperáveis. A melhor opção é prestar mais atenção e tentar manter uma distância mínima de 5 centímetros do meio-fio.

Tirando lascas
Outro que costuma ser prejudicado pelos esbarrões no meio-fio é o pneu. Em alguns casos uma ralada pode resultar em um rasgo na banda lateral, o que comprometeria a durabilidade do componente. Olhando os pneus de um carro é fácil perceber se o motorista têm o hábito de esbarrar no meio-fio. Normalmente, eles ficam marcados por manchas ou com áreas raspadas, denunciando o descuido do motorista.

Na descida
Outro erro muito comum cometido pelos desatentos é na hora de estacionar em ruas íngremes. Muitos têm o hábito de parar o carro deixando o pneu prensado contra o meio-fio. Tal procedimento faz com que as bandas de rodagem ou lateral fiquem deformadas, danificando a borracha e os talões do pneu. Em alguns casos, o pneu pode até furar ou estourar, conforme a pressão contra o meio-fio. Quando for estacionar em uma descida ou subida, o ideal é que se vire a roda para o meio-fio, sem deixar que o pneu fique encostado. Certifique-se de que o freio de estacionamento foi devidamente puxado e deixe o câmbio engrenado em primeira marcha. Vale lembrar que, se o carro estiver engrenado e for batido, alguns componentes da transmissão poderão ser danificados. Na dúvida, procure outro lugar para estacionar.

Escalando
Normalmente, quem sobe com o carro no meio-fio já está fazendo coisa errada, pois é proibido estacionar sobre a calçada. Mas em um caso excepcional, em que o motorista se vê obrigado a transpor o meio-fio, a melhor opção é que o faça com o carro em uma posição de 45 graus. Em vez de pressionar de uma só vez os dois pneus contra o meio-fio, o que poderia resultar em um estouro, o ideal é subir um de cada vez e o impacto vai ocorrer na região do ombro do pneumático, que é mais resistente. O mesmo vai acontecer com os pneus traseiros.

As partes baixas
Nos estacionamentos em que o carro fica na posição de 90 graus, deve-se tomar cuidado com a dianteira do veículo, principalmente no caso daqueles mais rebaixados. Muitas vezes, o motorista não presta atenção e literalmente enfia a frente do carro no meio fio, danificando a saia, o pára-choque ou as partes baixas da carroceria. Em alguns casos pode até afundar o peito de aço, dificultando a retirada do bujão do cárter na troca de óleo. E até as partes da suspensão podem ser afetadas, dependendo da altura do meio-fio e do entusiasmo do motorista ao estacionar. Portanto, o ideal é manter a calma nessa hora e procurar observar bem a distância do carro para o meio-fio para evitar prejuízo.