São Paulo (SP) - Brasileiro gosta de sedãs e por isso as montadoras tratam este concorrido segmento com atenção. A Citroën é uma delas e importa da Argentina o C4 Pallas, um três volumes médio de dimensões generosas. A montadora já iniciou as vendas do modelo, mas a entrega só será feita em setembro. A idéia é vender 2 mil unidades por mês, aumentando a participação da marca no mercado nacional.
Derivado do C4 europeu, o sedã foi batizado com o nome de um antigo modelo de luxo da marca francesa. O nome foi inspirado na mitologia grega, em homenagem a Pallas Atena, deusa símbolo da verdade e da sabedoria, patrona das artes. O modelo tem entre os destaques o estilo moderno. A frente tem as mesmas linhas agressivas do C4 VTR, esportivo de duas portas que vende cerca de 200 unidades por mês no mercado brasileiro. Os faróis têm desenho que lembram um bumerangue e formam um belo conjunto com a grade que tem como referência o chevron da marca.
A silhueta do carro é marcada pela linha de cintura alta e, na traseira, as grandes lanternas têm desenho semelhante ao dos faróis, demonstrando harmonia no projeto. Com 4,77 m de comprimento e 2,71 m de entre-eixos, o sedã mostra que tem dimensões mais avantajadas que seus principais concorrentes, como Chevrolet Vectra, Honda Civic, Toyota Corolla, Renault Mégane e Nissan Sentra. Na prática, isso resulta em bom espaço interno, principalmente para motorista e passageiro da frente. O banco traseiro proporciona conforto para duas pessoas, já que no centro o túnel do assoalho compromete o espaço para as pernas. Além disso, falta o encosto de cabeça central. Outro destaque é o porta-malas de 580 litros, o maior do segmento.
Versões
O painel tem desenho moderno, com quatro visores digitais, sendo o principal, com o velocímetro, no centro. O volante tem o miolo fixo, como no C4 VTR, e nele estão os comandos de som e outros. O acabamento interno é feito com material de boa qualidade, com emborrachado no painel e opção de revestimento em couro. São cinco versões de acabamento: GLX (R$ 64.990), GLX automático (R$ 70.290), Exclusive (R$ 71.690), Exclusive automático (R$ 76.990) e Exclusive automático com Pack Tecnologique (R$ 80.990). Se o cliente quiser levar ainda faróis bixenônio direcionais, vai pagar um total de R$ 85 mil. Todas as versões têm motor 2.0 de 143 cv de potência e o consumidor pode optar entre o câmbio manual de cinco marchas ou o automático seqüencial auto-adaptativo de quatro velocidades.
A versão GLX tem entre os principais itens de série freios a disco nas quatro rodas com ABS, EBD, airbags frontais, rodas de liga leve aro 16 polegadas, rádio/CD Player, computador de bordo, limitador e regulador de velocidade, perfumador de ambiente, comandos elétricos para vidros e retrovisores, ar-condicionado com regulagem para ventilação traseira e faróis com regulagem elétrica. Já a versão com Pack Tecnologique traz ainda airbags laterais e as bolsas infláveis tipo cortina, alarme, ESP, ASR e banco do motorista com regulagem elétrica.
Na estrada
No teste de impressões entre São Paulo e Campinas, o Pallas demonstrou que é um sedã equilibrado. O motor 2.0 está no limite para o carro, que pesa cerca de 1.400 quilos. O câmbio automático tem marchas bem escalonadas, favorecendo o desempenho. As suspensões foram bem calibradas, dosando estabilidade e conforto.
O modelo foi lançado primeiro na Argentina, agora no Brasil e depois na Europa. Na Argentina é vendido na versão básica com motor 1.6 a gasolina, direção hidráulica e vidros elétricos por R$ 56.690. Mas de acordo com Sérgio Habib, presidente da Citroën do Brasil, essa motorização não será vendida aqui. Ele revelou, entretanto, que no fim de 2008 o Pallas terá motor 2.0 com tecnologia flexível de combustível. O sedã tem garantia de três anos sem limite de quilometragem e as revisões têm preço fixo de R$ 385, incluindo óleo e filtros, com peças à parte.
(*) Jornalista viajou a convite da Citroën do Brasil