É aquele velho estereótipo: mulheres que saem com os rapazes atraídas por um carrão. Realidade em alguns casos, o fato é que o apelido de Maria Gasolina ficou no ostracismo da incorreção, como a maioria das generalizações. Cada vez mais populares e com facilidades de financiamento, os carros são comprados em uma proporção equilibrada entre os sexos. Mais de 40% dos compradores de carros são do sexo feminino, que ainda influenciam a maioria das compras, dados apontados por fabricantes que colocam o Brasil praticamente no mesmo patamar do mercado consumidor norte-americano. "O carro não é fundamental na escolha de uma parceiro, até porque eu tenho o meu", afirma Flávia Gomes, de Santos, São Paulo. "A partir do momento em que eu tenho o meu carro, ele deixaria de ser um requisito fundamental, coisa que nunca foi", pontua Mercedes Cumaru, de São Caetano do Sul, São Paulo.
O que não quer dizer que o carro tenha perdido o seu apelo em geral. "Quando você é mais velha, talvez queira alguém que ombreie você. E eu valorizo muito mais o cara que conseguiu comprar um carro, como se fosse um sinal de maturidade financeira, do que aquele que o ganhou", analisa Flávia. "Um carro pode indicar que o cara é mais independente e que quer alguma coisa na vida, mas é só uma característica do conjunto", pondera Ivana Negrão, de Salvador, Bahia.
Ainda assim, mesmo na faixa dos 18 anos de idade, em que o carro se reafirma como veículo para a independência, há quem não o sobrevalorize. "Não é que um carro não seja interessante. Mas a maior parte dos jovens, mesmo os que estão na faculdade, ainda não trabalham e, no máximo, pegam o carro dos pais de vez em quando. Quando o fazem, andam como se fossem donos do mundo. Parece que eles chegam em você e dizem: 'Oi, eu tenho um carro' e isso lhes parece suficiente", ressalta Rebeca Coutinho, uma carioca que começou a namorar com um rapaz "desmotorizado".
Carro tunado ou carro arrumado?
Independentemente se o carro é dele ou dela, as mulheres valorizam alguns equipamentos, mas, principalmente, certas atitudes. "Ar-condicionado é vital. Eu fico toda bonita para depois entrar em um carro e chegar suada ao destino, não dá", explica Lane Lima, de Manaus, Amazonas. "E se for o carro de um cara, é bom que seja bem-cuidado. Tal como a casa, o carro mostra se ele é desleixado ou não", completa Lane. "Tem que ter ar-condicionado. O meu carro não tem e é o fim no calor de Salvador", faz coro Ivana Negrão. "A mulher tem uma visão diferente do carro. Para um cara, às vezes vale mais aquele carro que dá mais status. Enquanto para mim, é muito mais importante que o carro esteja bem conservado e não precise de um empurrão para pegar", reforça Mercedes.
Trocou uma Mercedes por um Escort
Reclamação comum entre as mulheres ligadas auto-entusiastas, a relação de um homem com o seu carro também pode ser uma fonte de atrito e, até mesmo, um impedimento para o início de uma relação. É o que conta Mercedes Cumaru. "O carro não é um acessório agregado e já chegou a impedir um namoro. Eu era muito amiga do rapaz e no primeiro encontro romântico fomos a um restaurante. Ele preferiu ficar na varanda e, em meio a cada garfada, se esticava ou levantava para ver o seu Ford Escort, recém-adquirido. Em vez de me dar atenção, ele não conseguia disfarçar e continuava a olhar o carro, em vez de ser sutil ou despreocupado", relembra Mercedes. Quem se deu mal foi ele, afinal, trocou uma Mercedes por um Escort.
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