Lançada há mais de 30 anos, a BMW M1 é um marco na historia do fabricante alemão. Projetada pelo mestre italiano Giorgetto Giugiaro, além das linhas admiradas, foi o primeiro esportivo da marca a usar motor central. Posteriormente, o veículo deu origem a um conceito, o BMW Turbo.
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Para homenagear os dois modelos, a BMW apresentou no concurso de antigos de Villa D’este, na Itália, o BMW M1 Hommage. O veículo, na concepção do fabricante, é uma interpretação moderna tanto do M1, em particular, quanto da visão da marca sobre o que deve ser um esportivo de motor central, em geral.
A referência mais evidente aos modelos do passado é o jogo que brinca com tons fortes e o preto usado nos três veículos. Desta vez, a tinta foi desenvolvida especialmente para a BMW. Com o nome de liquid orange (laranja líquido), é um tom de brilho intenso, que revela novos matizes conforme incidência da luz sobre as superfícies côncavas e convexas do bólido.
Outra característica herdada de seus antecessores é a colocação do emblema da marca sobre as lanternas traseiras, exclusividade dos modelos de motor central. O lugar dos emblemas é tão importante que foi definido antes mesmo de os primeiros esboços do veículo ficarem prontos. A tradição se faz presente ainda nas "persianas" sobre o motor, que protegem e deixam o propulsor respirar, sem impedir a visão do motorista para trás. As dimensões também são semelhantes às da M1 original. Apenas o entre-eixos mais comprido indica espaço interno mais generoso.
Mas, como se trata de modelo atual, a M1 Hommage também se beneficia da evolução tecnológica e de estilo ocorrida nos últimos 30 anos. Diferentemente dos demais veículos de motor central, o capô não foi reduzido ao mínimo possível e, em linha com a linguagem de design da BMW, o modelo tem as rodas nas extremidades do veículo, reforçando a impressão de potência e esportividade. Nas janelas laterais traseiras, os estilistas conseguiram preservar até mesmo o ângulo no encontro do vidro com a carroceria, elemento presente nos demais modelos da marca.
O encontro, às vezes violento, de superfícies retas e curvas, côncavas e convexas é outra marca da BMW, que, mesmo de forma distinta, foi propositadamente incorporada ao conceito. Na parte frontal, a tecnologia se faz presente com a substituição dos antigos faróis escamoteáveis por luzes que, independentemente do tamanho reduzido, têm poder de iluminação suficiente. Assim como no M1 original, os faróis só são visíveis quando acessos. Obviamente, a grade dividida foi preservada, mas com estilo mais contemporâneo.
Diferentemente de muitos carros-conceito recentes, a M1 Hommage é apenas um estudo de estilo e engenharia e não há planos de fazer uma versão de produção em série. Pelo menos é o que afirma o construtor.