Um lançamento da Rolls-Royce sempre chama a atenção, principalmente porque se trata de um acontecimento raro. Antes de ser comprada pela BMW, que apresentou o sedã Phantom, em 2003, o último veículo novo da marca tinha sido o Silver Seraph, de 1998, sendo que o próprio modelo era uma atualização do Silver Spirit, que começou a ser produzido no já longínquo 1980.
Mas o ritmo de apresentação de novos carros da Rolls-Royce está aumentando. No acordo de compra, a BMW ficou com a fábrica, mas teve que recomeçar a do zero. O sedã foi o primeiro passo. Em janeiro de 2007, surgiu o conversível Phantom Drophead. Agora, pouco mais de um ano, é a vez do cupê, que completa a família Phantom.
As origens do cupê estão no conceito 101EX, apresentado em 2006. O veículo, feito à mão, tinha o objetivo de testar a reação do público e, ao mesmo tempo, propor novas idéias de estilo e engenharia para os futuros modelos da marca. A reação do público superou as expectativas e agora a Rolls-Royce mostra a versão definitiva do veículo.
O estilo foi guiado pelo princípio de dar a impressão de que o carro se movimenta, mesmo estando parado. A grade frontal é um pouco mais inclinada do que a do sedã, e os faróis redondos, maiores. O teto e as linhas laterais são mais suaves. As portas se abrem em sentido contrário, em relação à maioria dos veículos, o que, de acordo com o fabricante, facilita o acesso. A linha de cintura é alta e ligeiramente ascendente, contribuindo para uma aparência sutilmente agressiva.
Por dentro, como é de se esperar de um Rolls Royce, o acabamento prima pelos detalhes. Tudo é finalizado à mão, e os únicos materiais a tocar a pele dos ocupantes são couro, madeira e metal cromado. Nada de plástico. Os assentos dianteiros oferecem mais apoio para o corpo, enquanto os ocupantes de trás se sentam em um verdadeiro sófá, cujas formas se integram com as laterais do carro. O verdadeiro destaque, no entanto, é o sistema de iluminação do teto, de fibra óptica, que simula o efeito de um céu estrelado. Obviamente, como em todo Rolls-Royce, as possibilidades de personalização, tanto em termos de acabamento como de equipamentos, são quase infinitas.
Esportividade
De acordo com a própria marca, o cupê é o modelo mais esportivo da família. Para aumentar o prazer de dirigir, houve pequenas adaptações, que dão ao veículo um comportamento mais arisco. As suspensões são ligeiramente mais firmes, e a assistência da direção, um pouco menos atuante.
Na mesma linha, o controle de estabilidade tem um nível de interferência menor, e há um modo esportivo, acionado por um botão no painel, que aumenta o giro das trocas de marchas. Equipado com o mesmo motor V12 6.75 (de 435 cv) do sedã, o cupê acelera de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos e a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h. A distribuição de peso (de 49% no eixo dianteiro e 51% no traseiro), aliada a uma distância entre-eixos mais curta, também contribui para o comportamento mais esportivo do modelo.
O monobloco, de alumínio, é o mais rígido entre todos os membros da família Phantom. Aliás, para contribuir com o esforço de fazer um veículo mais leve e ágil, toda a carroceria, com exceção do deque de madeira do porta-malas, coluna A e capô, é feita em alumínio.