(Agência Estado)
A Renault registrou queda de 7% no lucro líquido de 2007 em relação ao ano anterior, passando de 2,96 bilhões de euros para 2,73 bilhões de euros (US$ 3,9 bilhões). O declínio, segundo a companhia, é reflexo de uma menor contribuição da Nissan Motor e da AB Volvo. O desempenho, porém, ainda ficou acima da média das estimativas de 21 analistas consultados pela JCF Online, de 2,60 bilhões de euros.
A receita do grupo cresceu 1,8% no ano passado, para 40,68 bilhões de euros, comparada a de 39,97 bilhões de euros em 2006. A margem operacional da montadora subiu 27% no ano passado, com a ajuda das medidas de corte de custo, fortalecimento das vendas internacionais e maior demanda por veículos comerciais leves.
Como porcentual de vendas, a margem operacional da Renault avançou de 2,6% em 2006 para 3,3% - o que representa um desempenho melhor do que a previsão de 3% divulgada pela companhia no ano passado. Em comunicado, a Renault também confirmou a previsão de margem operacional de 4,5% este ano e de 6% em 2009, seguindo em linha com o seu plano de recuperação de quatro anos.
O executivo-chefe (CEO) da Renault, Carlos Ghosn, disse que o mercado de automóveis será consideravelmente mais difícil este ano do que em 2007, em razão das perspectivas mais obscuras para a economia global, mas prometeu que a Renault será capaz de crescer em venda de veículos pelo menos 10% no ano. "Nos dedicamos a melhorar a qualidade", afirmou. "2008 será o ano para crescer." O mercado europeu deve ser estável este ano, acrescentou o executivo.
As vendas de veículos da Renault aumentaram 2,1% em 2007, para 2 48 milhões de unidades - apesar do declínio de 4,1% na Europa. Esse enfraquecimento foi compensado pelas outras regiões, nas quais as vendas aumentaram 16%, impulsionadas pelo aumento nas vendas do Logan Sedã básico, produzido por sua subsidiária na Romênia, a Dácia.