De São Paulo - A Nissan quer aproveitar a boa onda das versões aventureiras, que fazem muito sucesso no mercado brasileiro, para incrementar as vendas do monovolume Livina, que foi lançado este ano, primeiro com a opção de cinco e, depois, de sete lugares (Grand Livina). Para tanto, não precisou investir muito em desenvolvimento, pois a versão já estava praticamente pronta, sendo vendida em países como África do Sul, Egito, Indonésia e China. A nova X-Gear será produzida na fábrica de São José dos Pinhais (PR), de onde também saem o Livina, o Grand Livina e a picape Frontier.
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Aparência
Para tentar quebrar o ar familiar do Livina e deixá-lo com cara de "modelo mochileiro", a Nissan seguiu mais os menos a mesma receita dos outros fabricantes. Começando pela frente, criou uma grade cromada exclusiva para a versão. Assim como os modelos da concorrência, o para-choque foi completamente modificado, incorporando uma moldura preta (que imita um quebra-mato), uma barra inferior na cor prata e os faróis de neblina, que ficaram mais "afundados".
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Perfil esportivo
De lado, as mudanças incluem as manjadas molduras, na cor preta, que começam no para-choque dianteiro, passam pelos para-lamas e soleira das portas e terminam no para-choque traseiro; barras no teto (ideais para o transporte de pranchas de surfe e bicicletas); as rodas de liga com desenho diferente das outras versões; e o adesivo que identifica a versão X-Gear nas laterais traseiras, que é exclusivo do mercado brasileiro. Na traseira, as únicas modificações são o para-choque, que segue a mesma linha de design do dianteiro e o acabamento em plástico preto, que emoldura a fechadura externa e o símbolo da Nissan.
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Mesma coisa
Ao contrário do visual externo, por dentro a X-Gear é igual às outras versões. A Nissan preferiu não investir nos bancos com bordados que identificam a versão e painéis com fundo de cor diferente, como fizeram os concorrentes. Uma diferença interessante é a chave inteligente, que destrava as portas e libera a partida do motor a uma distância de até 80cm. Como a nova versão é vendida em duas opções de acabamento (normal e SL), o interior varia de uma para outra, pois, do lado de fora, a única diferença são os retrovisores externos na cor da carroceria. Na topo de linha, a SL, os revestimentos dos bancos, volante e painéis de porta são em couro, o relógio está integrado ao display do rádio e o contorno do painel de instrumentos na cor prata, o que não acontece na versão normal, que tem revestimento em tecido. De qualquer forma, a nova versão mantém a mesma versatilidade e espaço interno, com conforto para pessoas (quatro adultos viajam bem acomodados) e bagagens (no porta-malas, cabem 449 litros), que são destaques do monovolume.
Mecânica
Assim como o habitáculo, a Nissan também não mexeu na altura da suspensão. A alegação dos engenheiros é que o Livina normal já tem uma boa altura do solo (16,5cm). Será? A do CrossFox é 19,3cm e a do Idea Adventure, 18,5cm. São duas opções de motor flex (1.6 16V, de 104cv e 108cv; 1.8 16V, de 125cv e 126cv); e duas de câmbio (manual, de cinco marchas, para o motor 1.6; ou automático, de quatro velocidades, para o 1.8). A garantia é de três anos, sem limite de quilometragem.
Quanto custa
A versão 1.6 16V câmbio manual tem preço sugerido de R$ 51,7 mil. Custa cerca de R$ 5mil a mais em relação à versão normal para ser equipada com roda de liga leve e farol de neblina, além dos adereços plásticos na carroceria. A segunda versão é a SL 1.6 16V câmbio manual que custa R$ 57.900. A diferença em relação à versão sem apliques é de R$ 6.210 e é equipada com chave inteligente e bancos forrados em couro. A topo de linha é a 1.8 16V SL automática, que tem preço sugerido de R$ 63.700 e é R$ 6.810 mais cara do que a normal. Paga-se mais pela chave inteligente e bancos em couro.
(*) Jornalista viajou a convite da Nissan do Brasil.