O setor de leilão de carros é muito atuante no Brasil e no mundo, movimentando cifras significativas e proporcionando oportunidades de compras para diferentes tipos de consumidores. Uns buscam sucatas para desmanche e vendas de peças, enquanto outros sonham encontrar um carro em boas condições por preço bem abaixo do valor de mercado. Mas para participar de um leilão e fechar negócio, é preciso ficar atento aos detalhes para não tomar prejuízo.

Para esclarecer algumas dúvidas sobre leilão de carros, o VRUM ouviu Adiel Avelar, presidente da Copart, multinacional que atua no setor de leilões nos Estados Unidos há mais de 40 anos. A empresa organiza leilões veiculares em 11 países e está no Brasil desde 2012, com 24 pátios em diferentes estados. É precursora na organização de leilão on-line, que já existe nos EUA desde a década de 1990.

Adiel revela que a Copart tem cerca de 4 milhões de veículos distribuídos em seus pátios pelo mundo, e acrescenta que muitos deles, negociados nos EUA, acabam indo para outros países. Ele disse ainda que a pandemia da COVID-19 intensificou ainda mais a modalidade do leilão virtual. “Nesse período difícil, conseguimos ajudar muitos lojistas com o leilão de carros on-line, que acabou ficando mais democrático”, afirma.

O presidente da Copart revela que para o consumidor final é muito vantajoso participar de leilão de carros, pois é possível comprar um modelo em bom estado com preço 20% abaixo do valor de mercado. Ele conta que nos leilões são vendidos veículos zero que sofreram avarias no transporte; carros disponibilizados por seguradoras (perda total); veículos de locadoras; veículos de consumidor final; esportivos; e colecionáveis.

Para vender em leilão de carros, a empresa leiloeira deve colocar no edital todas as características e condições do veículo, para que não haja divergências no momento da entrega ao novo proprietário. Vale lembrar que carro comprado em leilão não tem garantia, mesmo se for um zero que sofreu avarias no transporte. Procure saber o ano/modelo e se o carro liga e engrena, ou se será necessário contratar um reboque para retirá-lo do pátio.

Adiel revela que os modelos mais procurados nos leilões da Copart são das marcas Toyota e Hyundai, mas a empresa vende também Ferrari, Lamborghini, automóveis colecionáveis e até veículos recolhidos por dívidas financeiras com bancos.

Os 7 cuidados antes do lance e da batida do martelo

• 1 – Pesquisar nos meios confiáveis se a empresa que está realizando o leilão é idônea. Uma verificação em sites como o Reclame Aqui pode ser providencial;
• 2 – Se for participar de leilão de carros on-line, certifique-se de que o site é legítimo. Se não tiver “.br”, já é suspeito;
• 3 – Antes de participar, navegue pelo site, observando as informações disponibilizadas e a qualidade das fotos que mostram os carros à venda;
• 4 – Mesmo se o leilão for virtual, vá até o pátio da empresa para ver o carro pretendido de perto, para evitar surpresas desagradáveis depois que a compra for efetivada;
• 5 – Não acredite em ofertas milagrosas, como Ferrari a preço de Fusca. Pode saber que tem pegadinha em situações como essa;
• 6 – É muito importante o consumidor participar do pregão no leilão de carros, colocando seu lance e acompanhando o processo até o fim;
• 7 – E lembre-se: não existe transação por PIX ou WhatsApp em leilão de carros.

Adiel informa que na Copart o consumidor consegue vender e comprar por meio do leilão de carros virtual. A empresa faz todo o processo para o vendedor, que recebe o dinheiro na conta e só depois entrega o documento do carro assinado. De acordo com Adiel, o consumidor pode optar por receber alerta de veículos, caso tenha interesse por um modelo específico. Ele acrescenta ainda que, de uma maneira geral, modelos comprados em leilão de carros são seguros no que diz respeito à documentação. Mas é sempre bom conferir para evitar transtornos.

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