A Land Rover deu início as vendas do Discovery 4, versão renovada da terceira geração do utilitário lançada em 2009 na Inglaterra. São três as opções de motorização, sendo duas a diesel. A menos potente é o V6 2.7 turbodiesel de 190 cv de potência e 44,8 kgfm, que recebeu a companhia do novo V6 3.0 biturbo de 245 cv e 61,1 kgfm, força o suficiente para levá-lo da imobilidade aos 100 km/h em 9,6 segundos, contra 12,7 s do propulsor menor. Ambos os motores são da linha Duratorq da Ford, dona da Land Rover até 2008, quando a marca britânica foi vendida para a indiana Tata Motors. O propulsor mais potente é o mesmo V8 5 litros que equipa os modelos da Jaguar, marca que também foi vendida pelo grupo Ford para a Tata, que substitui o antigo 4.4. Aspirado naturalmente e dotado de injeção direta, esse bloco rende 390 cv de potência (contra 299 cv do anterior) e 53 kgfm de torque, o que leva o "jipão" de zero a 100 km/h em 7,6 s. O câmbio é sempre um automático de seis velocidades com opção de trocas sequenciais.
São três as versões de acabamento. A básica S é associada apenas ao turbo diesel 2.7 e parte de R$ 179.900. A intermediária SE pode vir tanto este motor por R$ 199.900 quanto com o biturbo 3.0, com um preço de R$ 215 mil. A versão top HSE está disponível apenas com os propulsores mais brabos e parte de R$ 245.900 com o V8 a gasolina e chega aos R$ 259.900 pedidos pelo V6 3.0 turbodiesel.
O sistema Terrain Response, que adapta vários parâmetros da tração integral e de savaguardas eletrônicas (como o controle de tração e de estabilidade) de acordo com o terreno, também foi aperfeiçoado. São cinco as opções de ajuste: para condições normais, grama ou neve, areia, lama, areia solta e, até mesmo, para rochas. Do mesmo modo, os freios e as suspensões sofreram modificações.
As revisões de estilo abrangem faróis de formato irregular com LEDs (também presentes nas lanternas), que junto a nova grade e para-choque deram um ar menos "quadradão" à dianteira. O interior também recebeu modificações, com novos acabamentos e um console central mais ergonômico, voltado para o condutor que também conta com um volante multifuncional revisado. Tal como os Range Rover, o Discovery 4 conta com uma tela de cristal líquido sensível ao toque, que exibe em 5 polegadas informações do carro e de sistemas de entretenimento. A iluminação por LEDs fica encarregada de criar um ambiente mais sofisticado. Tudo dentro da tradição de oferecer conforto mesmo nos piores terrenos.
No outro extremo em termos de conforto e amenidades está o Defender Fire and Ice. A versão Fire é baseada no Defender 90, configuração de 3 portas do modelo, e chega com detalhes inspirados no fogo, como a cor laranja metálica mesclada com elementos em preto ? também metálico ? no capô, no teto e nos arcos das rodas. Já a Ice, como o nome indica, remete ao gelo e vem na cor branca com os mesmos detalhes em preto, mas com a carroceria estendida do Defender 110. A mesma mistura bicolor está presente no painel, com detalhes em laranja ou branco, respectivamente.
Das 850 unidades, 35 foram destinadas ao Brasil com preços de R$ 145 mil para o Defender 90 Fire e R$ 149 mil para o 110 Ice, contra R$ 135 mil e R$ 139 mil pedidos pelas versões de série. O motor permanece o mesmo. Trata-se de um quatro cilindros turbodiesel 2,4 litros. O propulsor gera 122 cv de potência a 3.500 rpm e 36,7 kgfm de torque a 2 mil rpm, administrados por um câmbio manual de seis marchas. A conhecida valentia no fora-de-estrada é garantida pela tração 4X4, com reduzida.