Nascido em 1970 com a proposta de conjugar muito luxo ao conhecido DNA off-road da Land Rover, o Range Rover fica a cada ano mais sofisticado. A terceira geração do modelo mudou pouco para 2011, após uma reestilização ocorrida em 2010. Mas não deixou de ostentar um novo motor turbodiesel, mais sofisticado, e uma caixa automática de oito velocidades desenvolvida pela ZF, uma solução ainda rara e presente apenas em modelos caros. O novo turbodiesel TDV8 4.4 com dois turbos sequenciais (um menor para baixas rotações e outro maior para altos giros) substitui o anterior oito cilindros TDV8 3.6, com ganhos expressivos em termos de rendimento e economia/emissões.
O V8 gera expressivos 313 cv de potência a 4 mil giros e polpudos 71,3 kgfm de torque entre 1.500 e 3 mil rotações. Números bem superiores aos 271 cv a 4 mil rpm e 65,3 kgfm a 2 mil giros do anterior. Com tamanho poderio, o desempenho pode fazer o motorista esquecer que está em um utilitário de 2.810 kg. De zero a 100 km/h, o Range Rover leva apenas 7,8 segundos, com velocidade máxima de 210 km/h. Tudo sem depauperar o bolso do proprietário. O consumo médio declarado é o melhor já visto em um Range Rover, com uma média de 10,1 km/l de diesel - 8,7 km/l na cidade e 12,2 km/l na estrada. Graças ao tanque de 97 litros, esse jipão consegue alcançar até 1.031 km de autonomia.
Novo câmbio
O câmbio conta com opção de trocas sequenciais por meio de borboletas no volante. A diferença mais notável no painel do Range Rover 2011 turbodiesel é justamente a ausência de alavanca de transmissão, substituída por um comando rotativo com as posições Park, Reverse, Neutral, Drive ou Sport. Este comando fica "embutido" no console central quando o carro se encontra desligado, como no Jaguar XF (ambas as marcas foram adquiridas pela indiana Tata). O V8 5.0 Supercharged de 510 cv é mantido como versão top da linha, mas o motor continua associado a antiga caixa de seis marchas.
Confira a galeria do Range Rover 2011!
Além de influenciar nos índices de desempenho, a nova transmissão de oito velocidades também influencia no consumo, no que ajuda o sistema que desengata 70% da força de transmissão quando o carro está parado no trânsito em Drive. Em tempos frios, o câmbio seleciona uma marcha mais baixa para promover um aquecimento mais rápido do propulsor, que passa a trabalhar em sua temperatura ideal mais rapidamente. Para estancar a grande massa, o Range Rover TDV8 4.4 conta com os mesmos freios do V8 5.0 Supercharged, que se vale de um sistema de discos ventilados nas quatro rodas com discos de 380 mm na dianteira e 365 mm na traseira desenvolvido pela italiana Brembo.
O sistema eletrônico de otimização da tração Terrain Response foi aperfeiçoado. Agora, o sistema também oferece um mecanismo de auxílio em subidas, que impede que o modelo recue aclives, além de outro dispositivo que controla o nível de acelerações em pisos muito inclinados, que atua quando o Hill Descent Control (que tolhe a velocidade em descidas) não está ativado.
Série especial
Em comemoração aos 40 anos do Range Rover, a linha 2011 foi enriquecida com uma série denominada Autobiography Black, disponível nas duas motorizações. A edição Autobiográfica vem apenas na cor preta Barolo, com rodas de liga leve aro 20 e grade com moldura em preto fosco e contorno cromado, que combina com a grade igualmente cromada. O interior tem duas opções de combinação de cores: carvão e branco marfim e carvão e vermelho vivo, batizado pela marca como Pimento. A logomarca com o nome da versão é repetida nos bancos, painéis das portas e apoio de braço do banco traseiro. As soleiras das portas são iluminadas com o nome Range Rover e o volante é revestido parcialmente em madeira. Para reforçar a exclusividade da edição, serão apenas 700 unidades feitas para o mundo inteiro.
Detalhes tão pequenos
Por fora, o Rangie ganhou uma nova grade e saídas de ventilação nos para-lamas dianteiros ? para os modelos a diesel. Um novo pacote opcional de estilo adiciona um para-choque dianteiro mais esportivo, com contornos dos faróis de neblina na cor titânio (tom que também reveste a grade dianteira e as saídas de ar dos para-lamas), além de saias laterais mais pronunciadas, para-choque traseiro mais agressivo e acabamento em aço inoxidável das saídas de escape. Além disso, o carro conta com duas novas cores: Branco Fuji, que substitui o tom Alasca anterior, e Azul Báltico, que toma o lugar do Azul Buckingham.